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Conheça os filmes que inspiram Bong Joon-ho, o diretor de “Parasita”

Consagrado como um dos maiores cineastas da Coreia do Sul e responsável por clássicos recentes do cinema oriental como: “Mãe”, “O Hospedeiro” e “Memórias de um Assassino”, Bong Joon Ho viu o seu trabalho mais recente, “Parasita”, fazer história na temporada de premiações esse ano.



Se tornando o primeira produção sul coreana a ser indicada ao Oscar, em seis categorias, e o primeiro filme internacional a leva o principal prêmio da noite: Melhor filme, além de Melhor Roteiro Original e Melhor Direção. Com isso, o interesse em torno das influências do diretor que criou o longa metragem mais aclamado do ano também cresceu. 


Bong Joon Ho, que tanto em seus discursos, quanto em entrevistas já declarou o seu amor ao cinema de grandes diretores asiáticos como: Kim Ki-Young, Shohei Imamura e Keisuke Kinoshita e a obras contemporâneas como: “Mad Max: Estrada da Fúria” de George Miller e o recém lançado “Jóias Brutas” de Josh e Benny Safdie. Prova que além de um diretor talentoso, é um cinéfilo de primeira.
Confira abaixo alguns títulos citados por ele como suas inspirações:


Clássicos

“Hanyo, a Empregada” Kim Ki-young


Tido como a maior influência do diretor para “Parasita”, o drama sul coreano de 1960, se passa majoritariamente em uma casa e conta a história de uma empregada que tenta desmantelar a vida da família de classe alta para qual trabalha. Nas palavras do diretor o filme: “É um melodrama criminal que lida com os desejos sexuais das mulheres e a sociedade coreana na época e as mudanças nas classes sociais. E faz um ótimo trabalho retratando isso.



“Os Incompreendidos,” François Truffaut


Considerado pelo diretor como “A mais bela estréia da história do cinema.”, o clássico da Nouvelle Vague, aborda o amadurecimento de dois garotos rebeldes, na Paris do final dos anos 50, enquanto enfrentam a autoridade das instituições que regem aquela sociedade. Esse é o primeiro filme de François Truffaut, cineasta que viria ao longo dos anos revolucionar o cinema com obras como: Jules e Jim e Beijos Proibidos.


“A Balada de Narayama,” Keisuke Kinoshita


Drama japonês de 1958, que segundo o diretor o impactaram pelo uso de “Cores Ousadas”, se passa numa comunidade afastada que vive com poucos recursos e segue a tradição de levar pessoas que completaram 70 anos ao topo da montanha de Narayama, onde são deixadas para morrer. Na trama acompanhamos uma senhora obediente que passa seus últimos dias cuidando para que seu filho, já viúvo e casado pela segunda vez, consiga ser feliz em sua ausência. 


“Fanny e Alexander,” Ingmar Bergman


Descrito por Bong Joon Ho como “O final mais bonito de uma carreira na história do cinema“, o longa de Ingmar Bergman conta história de Fanny e Alexander, duas crianças que perdem o pai durante a noite de natal, e são obrigadas a ir viver com a mãe e o padrasto, um homem religioso e muito rigoroso, que fica enfurecido quando escuta das crianças, que elas conseguem ver e falar com o fantasma do próprio pai. O filme, assim como “Parasita”, foi indicado a seis Oscars e levou três, incluindo melhor filme estrangeiro.


“O Enigma de Outro Mundo,” John Carpenter


Considerado um clássico do horror e da ficção científica, o filme conta a história de um grupo de cientistas que estão em uma expedição científica pela Antártica, e acabam descongelando um alien que havia caído na terra há mais de 100 milênios. A criatura acaba se hospedando nos corpos dos cientistas a bordo da missão causando terror em todos. O gênero e o tema, já foram explorados por Bong Joon Ho em seu filme de 2007, “O Hospedeiro”. 



Contemporâneos 

“Fargo,” Joel e Ethan Coen


Quando “Parasita” estreou, muitos compararam o tom mais sombrio da comédia usada no filme, com o conhecido como a assinatura da obra dos irmãos Coen. Diretores já citados por Bong Joon Ho como inspiração para suas obras. Em 2012, ele  incluiu “Fargo” na sua lista de melhores filmes já realizados. A comédia de erros, lançada em 1996, foi aclamada por crítica e público e venceu os Oscars de melhor roteiro original, melhor filme e melhor atriz naquele ano. 


“Midsommar,” Ari Aster


Em entrevista ao portal IndieWire, o diretor afirmou que o terror lançado em julho de 2019, tinha sido um dos melhores filmes do ano. Dirigido por Ari Aster, o filme acompanha um grupo de estudantes em viagem a uma comunidade remota na Suécia, para participar das festividades folclóricas do país. O diretor que fez a curadoria da edição de março da revista Sight and Sound, e afirma que este filme o diretor Ari Aster estão pavimentando o futuro do cinema. 


“Zodíaco,” David Fincher


Considerado uma obra prima dos filmes de crime, a produção de David Fincher, estreou nos cinemas quatro anos após “Memórias de um Assassino”, o elogiado filme de Bong Joon Ho que explora essa mesma temática. Constantemente acabam sendo comparados.

Ainda assim o diretor sul coreano só tem elogios ao longa, já tendo citado o mesmo em suas listas de melhores filmes e parabenizando o trabalho de Fincher: Estou impressionado com o modo como Fincher consegue controlar o ritmo de seus filmes tão bem, o que cria um senso de suspense de maneira serena. Você experimenta uma sensação de ansiedade, mas também suspense com sensibilidade e quietude.



“A Cura,” Kiyoshi Kurosawa


O drama criminal de 1997, é citado por ele como uma das obras de maior influência em sua carreira como diretor, e está incluído na sua lista de 2012, de melhores filmes já realizados. Na trama acompanhamos um detetive que está investigando uma série de assassinatos violentos e misteriosos, causados por pessoas que não tem lembrança do que fizeram. Segundo Bong Joon Ho: “Existe uma sensação de horror que escorre por sua espinha enquanto o assiste“. 


Por Camila Reis
Fonte: IndieWire, Sight and Sound e Lincoln Center
Não retirar sem os devidos créditos.

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