Ju Haknyeon, ex-membro do THE BOYZ, negou as acusações de envolvimento com prostituição e anunciou que vai processar sua antiga agência, a One Hundred Label, após o término do contrato. A rescisão ocorreu após reportagem do tabloide japonês Shukan Bunshun revelar um encontro entre Ju e a ex-atriz de conteúdo adulto japonesa Asuka Kirara.
Em sua declaração nas redes sociais, Ju afirmou que a agência exigiu que ele assinasse um acordo para rescindir o contrato, incluindo o pagamento de uma multa superior a 2 bilhões de wons. Ele disse ter se recusado a assinar e que a rescisão foi anunciada unilateralmente pela empresa no dia seguinte.
Ju também declarou que nunca cometeu crimes listados em seu contrato, como uso de drogas, prostituição, agressão ou fraude, e que a cláusula usada para justificar a rescisão é vaga e foi interpretada de forma arbitrária. Segundo ele, a agência não seguiu os procedimentos previstos para o término do vínculo.
Além disso, o cantor disse que a rápida sequência de reportagens e acusações sugere que a agência teria orquestrado a situação para rescindir seu contrato. Ele prometeu que tomará uma ação legal contra a agência e veículos de comunicação que o denunciaram infundadamente.
A ex-atriz Asuka Kirara também negou publicamente ter recebido dinheiro ou se envolvido em prostituição com Ju, classificando as especulações como falsas. Fotos divulgadas pelo tabloide mostraram supostamente Ju abraçando Kirara em Tóquio, mas ambos afirmam que o encontro foi privado e sem envolvimento ilegal.
Confira a declaração completa de Ju Hakneyon:
Olá, aqui é o Ju Haknyeon
Antes mesmo da Shūkan Bunshun enviar um ofício com questionamentos à minha empresa, eu soube primeiro que haviam tirado fotos minhas. Por isso, imediatamente expliquei à empresa exatamente o que havia acontecido e pedi ajuda.
Reconheço que cometi erros, e quis tomar decisões que minimizassem ao máximo qualquer prejuízo aos demais membros do grupo. Por vários dias não consegui dormir, tomado pelo arrependimento diante dos fãs que sempre me apoiaram e dos colegas de equipe com quem compartilhei tantas experiências. Foi extremamente doloroso. Por isso, interrompi imediatamente minhas atividades e discuti as medidas seguintes com a empresa.
No entanto, a empresa, de repente, exigiu que eu assinasse um acordo de rescisão contratual no qual eu teria que pagar mais de 2 bilhões de won. Inclusive me foi cobrada uma multa contratual de valor exorbitante que sequer estava prevista no contrato. A empresa afirmou que não havia possibilidade de negociação.
Não pude aceitar essas exigências abusivas. No dia 17, quando me recusei a assinar o acordo de rescisão que já tinham preparado, no dia seguinte a empresa anunciou oficialmente a minha saída do grupo. Isso aconteceu mesmo antes de a matéria da Shūkan Bunshun ser publicada. Logo em seguida, começaram a surgir reportagens afirmando que eu me encontrei com uma atriz de AV [adult video], e a Ten Asia publicou com exclusividade que eu havia me envolvido com prostituição. Com base nessas reportagens, outros veículos, blogueiros e youtubers espalharam a informação, e de um dia para o outro fui tratado como um criminoso desprezível envolvido com prostituição.
Já no dia seguinte, alguém apresentou uma queixa à polícia me acusando de prostituição com base nessas falsas reportagens. Todo o processo pareceu tão orquestrado que era difícil não achar tudo muito estranho. Fiquei com a sensação de que alguém estava fabricando um motivo para a rescisão contratual. O medo de ser marcado como criminoso sexual para o resto da vida só aumentava. E tudo isso aconteceu em apenas dois dias.
Por isso, eu não podia mais ficar em silêncio. Divulguei uma declaração oficial e processei o jornalista responsável pela notícia falsa. Também pretendo entrar com uma ação civil contra esse jornalista e o veículo em questão. Além disso, processarei por falsa denúncia a pessoa que me acusou imediatamente após a divulgação da reportagem mentirosa.
A exigência da empresa para que eu saísse do grupo também teve pontos injustos. A alegação de que eu teria “prejudicado a imagem pública” com base no contrato exclusivo é vaga demais e pode ser interpretada de forma arbitrária. No entanto, o contrato detalha claramente o que constitui “prejuízo à imagem pública”: dirigir embriagado, uso de drogas, jogos de azar, prostituição, agressão, estupro, fraude etc. Nunca cometi nenhum dos atos citados nessa cláusula. Ainda assim, a empresa me expulsou unilateralmente, sem seguir o devido processo descrito na Cláusula 15, Artigo 1º do contrato.
No dia 30 de maio, jamais aleguei que meu comportamento foi totalmente correto. Peço profundas desculpas aos fãs que confiaram em mim como idol por ter agido de forma imprudente. Estou refletindo profundamente e levarei isso no coração pelo resto da vida.
Contudo, sem entender o motivo, de um dia para o outro fui tratado como criminoso sexual e senti que estava sofrendo um assassinato de reputação. Pela primeira vez, pensei em morrer. Sentia que todos me olhavam e me apontavam com o dedo. Ao pensar nos fãs que sempre estiveram do meu lado, na minha mãe, na minha família, não consegui conter as lágrimas. Se eu desistisse da vida sem revelar a verdade, seria para sempre lembrado como um criminoso sexual. E mais importante ainda, se eu ficasse paralisado pelo medo e não agisse, esse mal-entendido injusto não acabaria apenas com a minha vida.
Fãs, família, amigos que estiveram comigo por tanto tempo também teriam que viver carregando o estigma de “familiares de um criminoso sexual”, “pessoas que apoiaram um criminoso sexual”.
Exigirei responsabilidade até o fim dos jornalistas e veículos que publicaram essas acusações sem qualquer base, e também vou investigar quem está por trás de tudo isso.
É assustador e exaustivo lutar sozinho contra uma grande empresa, mas ainda assim, por todos que continuam me apoiando com carinho, farei o possível para resistir até o fim.
Obrigado por ler este longo texto.
A One Hundred Label, por sua vez, afirmou que a rescisão seguiu o artigo do contrato que trata de condutas que prejudicam a imagem pública do artista, e que a decisão foi tomada para proteger a integridade do THE BOYZ.
por Alice Rodrigues
Fonte: (1) (2) (3)
Imagem: One Hundred
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