Branca, em tons de rosa, levemente azulada, com ou sem o característico centro avermelhado. Esta é a mugunghwa (em hangul: 무궁화), a flor considerada o símbolo da Coreia do Sul. Além da beleza, ela também possui grande resistência às intempéries. Por isso, sua história se confunde com a do próprio povo coreano. Conheça mais sobre a mugunghwa e como ela acabou sendo a escolhida para representar uma nação.
Desde os tempos antigos, os chineses já chamavam a península de “terra de homens sábios onde florescem as mugunghwa”, mas a flor se tornou popular durante a Era Gojoseon (data desconhecida até 108 a.C.), quando ganhou o apelido de “flor do paraíso” e podia sempre ser vista nas pinturas do Rei Dangun.
A flor ganhou ainda mais importância durante o Reino Silla – que se autonomeava Geunhwahyang, ou seja, “País das Mugunghwa” – e a Dinastia Goryeo, que presenteava seus cidadãos exemplares com uma versão de papel da mugunghwa.
Por ser capaz de sobreviver em condições adversas e crescer novamente mesmo quando está danificada, a mugunghwa se assemelha muito à história do povo coreano, que precisou se manter firme nos períodos mais duros da sua existência. Como forma de protesto contra o domínio japonês, por exemplo, milhares de flores foram plantadas, simbolizando o desejo pela independência.
Seu simbolismo é tão grande que uma linha do hino nacional coreano – “Mugunghwa samcheonli hwaryeogangsan” – faz uma referência clara à flor, podendo ser interpretada como algo semelhante a “1200 quilômetros de rios e montanhas esplêndidas, cobertos por mugunghwas”.
Após a independência do Japão e a queda da proibição contra qualquer simbolismo que não remetesse à cultura japonesa, a flor tornou-se símbolo oficial de toda uma cultura e um povo. Atualmente, ela compõe os principais emblemas e distintivos governamentais do país, incluindo a Presidência e a Suprema Corte.
Imagens: Egypt Independent, CDR, CRW Flags
Não retirar sem os devidos créditos.