O escritor sul-coreano Song Gisuk faleceu neste domingo (05) aos 86 anos de idade. A causa da morte não foi divulgada.
Song Gisuk nasceu em Jangheung, no estado de Jeolla do Sul, em 1935 e graduou-se em Literatura Coreana pela Universidade de Chonnam. Sua estreia na literatura em 1964 foi com um ensaio e no ano seguinte lançou seu primeiro romance, mas grande parte da sua produção é de contos.
Além de escritor, Song também atuou como professor universitário. Na sua primeira experiência na docência, ele foi preso após escrever a Declaração pela Democratização da Educação. Após sua soltura, ele foi dispensado do cargo.
Em 1980, Song foi preso novamente após se envolver no movimento que resultou no massacre de Gwangju. Ele foi um dos membros do comitê dos estudantes que lideraram as rebeliões contra o presidente Chun Doo Hwan, que tomou o poder de forma ditatorial após o assassinato do então presidente Park Chung Hee. Song só foi libertado no ano seguinte. Logo após, voltou à docência e passou a ensinar Literatura Coreana na Universidade de Chonnam.
Leia mais: O que foi o massacre de Gwangju e o caminho para a democracia sul-coreana
Além da sua atuação política, Song Gisuk também criou diversos órgãos de escritores, como a Associação dos Escritores Livres, a Associação dos Escritores de Literatura Nacional e o Conselho de Professores pela Democratização. Até o seu falecimento, ele ainda era presidente da Associação dos Escritores Coreanos.
Durante sua carreira, Song recebeu diversos prêmios como o 18º Prêmio de Literatura Contemporânea (em 1973), o 9º Prêmio Manhae de Literatura (1994), o 12º Prêmio Kumho de Arte (1995), 13º Prêmio Yosan de Literatura (1996) e o 12º Prêmio Acadêmico Hugwang (2019).
Desejamos condolências à familia, amigos, alunos e fãs de Song Gisuk.
Fonte: (1)
Imagem: reprodução
Não retirar sem os devidos créditos.