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Justiça

Coreano mata namorada na presença da mãe dela por não aceitar fim de namoro

Aviso de gatilho: O texto a seguir contém termos sensíveis. Recomendamos cautela ao prosseguir a leitura.

Um homem sul-coreano de 27 anos foi preso por matar sua então namorada. O crime bárbaro aconteceu na cidade de Cheonan, localizada a cerca de 80 quilômetros de Seul, e está sob jurisdição do Distrito Policial de Seobuk-gu.

Na noite de quarta (12), o homem foi até à casa da mulher, também de 27 anos que trabalhava em um escritório, para conversar com ela. Na ocasião, a mãe da vítima estava hospedada na casa da filha, tendo chegado na cidade no dia anterior para visitá-la. O homem pediu para conversar com a vítima no banheiro para poder terem um pouco de privacidade.

Durante a conversa, a vítima sugeriu que os dois terminassem o seu relacionamento de poucos meses. O homem, então, atacou-a e começou a desferir golpes de faca em seu abdômen. Ele havia comprado a faca minutos antes de chegar à casa.

Ao ouvir os gritos da filha, a mãe correu até o banheiro. O homem apenas empurrou a mãe da vítima e fugiu do local do crime. A mãe ligou para a emergência e a vítima chegou a ser socorrida até o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu em seguida.

Após fugir da cena do crime, o homem se escondeu nas redondezas durante um tempo antes de ir para seu apartamento. A polícia conseguiu traçar sua rota através das câmeras de segurança da área e o prendeu quase 4 horas depois do crime.

Em depoimento, o acusado disse que os dois se conheceram em outubro do ano passado e namoravam há poucos meses. Semana passada, a vítima informou que desejava terminar o namoro. O homem disse que ouvi-la falando sobre a situação econômica dele feriu seu orgulho. Ele será indiciado por homicídio.



Violência contra a mulher na Coreia do Sul

Em dezembro de 2021, o jornal The Hankyoreh examinou registros de 427 crimes com vítimas do sexo feminino cometidos entre janeiro de 2016 e novembro de 2021. Além desses, outros 73 casos foram investigados à parte. O motivo da separação foi que neste número, o acusado tirou a própria vida após cometer o crime. Quando isto ocorre, a polícia considera o caso encerrado e não o inclui em estatísticas oficiais.

Os dados do levantamento são alarmantes:

  • Em 36% dos casos, havia um histórico de abuso da vítima antes do crime.
  • 67% dos crimes foram cometidos em casa.
  • 31% dos crimes foram considerados “brutais”, ou seja, quando a vítima sofre várias lesões fatais.
  • 29% dos assassinatos foram motivados por parceiros que não aceitavam o fim do relacionamento.

A linha direta destinada à denúncias feitas por mulheres aponta que, por mais que os motivos dos crimes possam ser diferentes, a maioria pode ser ligada a um ponto em comum: a mulher não fez o que o homem queria. Apesar disso, a Coreia não possui nenhuma lei específica para punir casos assim.

Em setembro do ano passado, o país viu uma sequência de crimes contra a mulher. De acordo com a pesquisadora de sociologia Lee Ra-yeong: “Esta recente série de incidentes claramente representam feminicídios no sentido em que, definitivamente, estão ligados ou ao desejo patriarcal de possessão ou à tendência da sociedade coreana em minimizar crimes contra mulheres. Nossa sociedade precisa encarar o fato de que estes não são incidentes nos quais mulheres são vítimas por acaso, mas nos quais mulheres são vulneráveis por serem mulheres“.

Fonte: (1), (2), (3)
Imagem: banco de imagens
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  • Greyce Oliveira

    Cearense de Fortaleza, é metade uma humana normal professora de Inglês e metade ELF(a) precisando (talvez) de tratamento para parar de falar no Super Junior toda hora.

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