A abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno que ocorreu na última sexta (04) repercutiu de forma negativa na Coreia do Sul. A primeira apresentação, diversos artistas vestindo trajes representando as 56 minorias étnicas que vivem no território chinês entraram no estádio carregando a bandeira do país-sede.
Uma das artistas estava usando um hanbok, vestimenta típica coreana, supostamente representando os sul-coreanos que vivem na China. Porém, muitos cidadãos ficaram enfurecidos com a retratação por acharem que os chineses estavam tentando se apropriar do hanbok como se fosse um traje típico de seu país.
Ironicamente, o Ministro da Cultura sul-coreano, Hwang Hee, estava presente na ocasião. Trajando um hanbok. Em uma entrevista coletiva à mídia chinesa na manhã de sábado (05), Hwang comentou: “Quando você se refere a um povo como minoria, isso geralmente significa que não estão evoluíram para um país soberano. Estamos entre as 10 maiores economias do mundo e localizados próximos à China. Isto poderia causar um mal-entendido em boas relações bilaterais“.
Lee Jae-myung, candidato à presidência pelo Partido Democrático, escreveu em sua página no Facebook que é contra a “apropriação cultural” chinesa.
O PPP (sigla de People Power Party), principal partido de oposição do governo, criticou a China por tentar roubar símbolos coreanos e ao governo sul-coreano por não se opor às tentativas do país vizinho de se apropriar dos elementos culturais da Coreia do Sul como se fossem seus próprios.
O Professor Seo Kyoung-duk, acadêmico da Universidade de Mulheres Sungshin e ativista pela cultura sul-coreana, disse que o país precisa se esforçar mais para que o mundo saiba que o hanbok é um traje típico da Coreia do Sul. Além disso, afirma que a China já exagerou nas tentativas de tentar se apropriar da vestimenta. Em uma rede social, Seo escreveu: “Precisamos nos defender contra a apropriação cultural chinesa e apontar exatamente os problemas nisso. Temos que proteger nossa própria história e cultura“.
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Fonte: (1)
Imagem: Yonhap
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