A polícia tailandesa obteve uma nova prova na investigação da morte de Nida “Tangmo” Patcharaveerapong, ocorrida no final de fevereiro. A atriz caiu de uma lancha enquanto navegava com amigos e membros de sua equipe no rio Chao Phraya. Seu corpo só foi encontrado dois dias depois.
A nova prova é um vídeo feito por uma câmera de segurança instalada em um prédio próximo ao rio onde ocorreu o acidente. Nele, é possível ver uma pessoa em pé e em seguida se agachando na parte traseira do barco, de onde Tangmo teria caído. O horário da filmagem é 22:34 do dia 24 de fevereiro, antes do momento do acidente.
A polícia ainda não revelou se a pessoa que aparece no vídeo é a atriz e afirmou que é necessário mais tempo de investigação. O Tenente-general Jirapat, afirmou que especialistas serão chamados para melhorar a resolução do vídeo e inspecionar as coordenadas do barco. De acordo com ele: “Esta evidência é útil já que ajudará os investigadores a obterem mais clareza neste caso“.
O Coronel Songsak Raksaksakul, diretor do Instituto Central de Ciência Forense do Ministério da Justiça, declarou que a equipe do fará uma segunda autópsia do corpo de Tangmo. O procedimento foi pedido da mãe da atriz e especialistas de outros institutos serão convidados para ajudar. Ele explicou: “O corpo dela será mantido no Hospital Universitário Thammasat e o reexame será antecipado para ser concluído em menos de 30 dias“.
Na última sexta (11), familiares e amigos de Tangmo já haviam se reunido para dar o último adeus à atriz e o corpo já deveria ter sido cremado. Porém, no sábado (12), a mãe dela pediu aos investigadores que transferissem o corpo para o Instituto Forense para que passasse por outra autópsia.
Trairit Temahiwong, chefe do Departamento de Investigações Especiais, declarou que sua equipe investigará o caso se for da vontade da família de Tangmo.
A Dra. Khunying Pornthip Rojanasunant, ex-diretora do Instituto Central de Ciência Forense, divulgou em suas redes sociais que a família de Tangmo possa ter uma rara chance de ter acesso ao resultado da autópsia. De acordo com ela, muitos acreditam que apenas a polícia tenham acesso à tais relatórios. Porém, por lei, os médicos legistas têm obrigação de revelar a verdade.
Como as autópsias na Tailândia são inclusas em investigações policiais, o processo pode não ser tão transparente quanto deveria ser, diz Rojanasunant. Por isso, sua opinião é de que o país deveria adotar o Protocolo de Minnesota das Nações Unidas.
O Protocolo Minnesota é um conjunto de diretrizes a serem aplicadas em investigações de homicídios potencialmente ilegais, como os ocorridos em zonas de conflitos ou aqueles que o estado seja suspeito. Uma destas diretrizes fala especificamente que o trabalho dos médicos legistas deve ser independente e que as investigações devem ser imparciais e transparentes.
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