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Arte K-pop

[LISTA] MVs de K-pop inspirados em pinturas famosas


Os music videos de K-pop são conhecidos por seus visuais chamativos e criativos, seja pela dança, takes de câmera ou cenários deslumbrantes. Porém, às vezes os videoclipes podem usar como fonte de inspiração outras artes para criar aquela cena de tirar o fôlego.


Um exemplo é o MV de “Feel My Rhythm”, do Red Velvet. Várias tomadas recriam pinturas famosas para compor o conceito artístico do comeback do girl group da SM Entertainment, que é acompanhado por figurinos de bailarina e uma ária do musicista Bach. Confira a seguir alguns clipes de k-pop que fazem referências a outras obras de arte.


Feel My Rhythm (Red Velvet)

Da esquerda para a direita: “O Balanço” e “Jovem olha por cima do muro”

O Red Velvet prometia um conceito “clássico” desde a revelação dos teasers de bailarina e entregou um MV recheado de inspirações em pinturas. A introdução do clipe enfatiza isto com um efeito de pinceladas ao exibir as meninas remontando artes famosas do rococó, como O Balanço (1766), de Fragonard, e Jovem olha por cima do muro, de Paul Dominique Philippoteaux.

Da esquerda para a direita: “Ofélia” e “Ninfas encontrando a cabeça de Orfeu”

Ao fundo, é possível ver Yeri e Wendy formarem o quadro Ninfas encontrando a cabeça de Orfeu (1900), do pintor John William Waterhouse. Só que, em vez disso, elas acham Joy afogada, numa referência à pintura Ofélia (1851-1852), do artista John Everett Millais.

Da esquerda para a direita: “Reúna os botões de rosa enquanto pode” e “Mulher com sombrinha”

Nas cenas seguintes do MV, Yeri e Seulgi colhem flores e imitam Reúna os botões de rosa enquanto pode (1909), também de Waterhouse. “Feel My Rhythm” também acena para o impressionismo com a reconstrução do quadro Mulher com sombrinha (1875), de Monet.

Detalhes do quadro “O Jardim das Delícias Terrenas” e cenas do MV

Apesar das várias obras mencionadas até aqui, boa parte dos visuais do MV vem de uma pintura só: O Jardim das Delícias Terrenas, de Bosch. O quadro traz um panorama da criação do mundo com um enfoque no pecado, ilustrando o paraíso de Adão e Eva, a luxúria e o inferno.

Detalhes do quadro “O Jardim das Delícias Terrenas” e cenas do MV

Blood Sweat & Tears (BTS)

O BTS também já se inspirou em pinturas famosas para contextualizar seu complexo conceito. O MV de “Blood Sweat & Tears” se baseia em diversas obras, o que é enfatizado por parte das cenas do clipe se passar numa galeria de arte. Pieter Bruegel é autor das principais referências, com o quadro A Queda dos Anjos Rebeldes (1562) e Paisagem com a Queda de Ícaro (1560). Esta última é usada como pano de fundo na cena em que V se joga da sacada.

“Paisagem com a Queda de Ícaro” aparece ao fundo do MV do BTS

Por mais que não seja uma pintura em si, vale apontar a presença da estátua Pietà de Michelangelo numa das tomadas com J-Hope. A escultura ilustra a dor de Maria após a crucificação de Jesus Cristo, fazendo uma conexão interessante com a faixa solo de J-Hope no álbum Wings, que se chama “Mama”.

Pietà de Michelangelo é exibida ao fundo de cena

DOOM DADA (T.O.P)

Quem segue o T.O.P no Instagram sabe que ele é um grande apreciador das artes, e é claro que esta característica aparece bastante no seu trabalho solo. “DOOM DADA” traz referências óbvias ao trabalho do surrealista Salvador Dalí, além de mencionar no próprio título da música o dadaísmo, movimento de vanguarda artística marcada pelo absurdo e bizarro.

T.O.P monta em cavalo pintado de zebra no MV de “DOOM DADA”

Os cortes do MV fazem ponte com a psicodelia do surrealismo com cortes abruptos, cenas rápidas e ilusões ópticas, como a tomada em que T.O.P aparece montado numa zebra — que, na verdade, é um cavalo pintado. Dalí, principal artista do movimento, marca presença em “DOOM DADA” com seu icônico bigode e uma homenagem à pintura The Three Sphinxes of Bikini (1947).

Cena de “DOOM DADA” faz referência a “The Three Sphinxes of Bikini”

T.O.P também celebra a arte do seu país no MV: algumas partes de “DOOM DADA” foram gravadas no Museu Whanki, instituição em Seul que abriga obras do artista Kim Whanki, considerado pioneiro no abstracionismo na Coreia do Sul.

T.O.P faz homenagem a Dalí e Kim Whanki em MV

Me (CLC)

“Me” é basicamente uma música sobre o que seria o “bonito”. Com um conceito confiante, o CLC canta sobre como elas próprias são a definição de beleza, independentemente dos padrões que a sociedade tenta impor sobre elas. A mensagem é reforçada no MV com a aparição da famosa pintura renascentista O Nascimento de Vênus (1483), de Botticelli, que retrata a deusa da beleza da mitologia romana.

Cenário de “Me”, do CLC, conta com quadro da deusa da beleza romana

Monster (EXO)

O MV de “Monster” acompanha o boy group em sua luta contra os ataques de uma corporação, contudo, há um traidor entre eles. O clipe remonta A Última Ceia (1495–1498), de Leonardo da Vinci, para fazer um paralelo entre o EXO e os 12 apóstolos numa referência bíblica à traição de Judas.

EXO faz referência à pintura famosa em “Monster”

Heart Attack (Chuu (LOONA))

O MV que apresentou Chuu como a décima integrante do LOONA acompanha a garota em seu esforço para ser notada por Yves. O videoclipe bebe de várias fontes para inspiração, como o conto A Pequena Vendedora de Fósforos (1845), do autor dinamarquês Hans Christian Andersen. Alguns quadros de “Heart Attack” lembram pinturas do artista surrealista René Magritte, como A Sala de Audição (1952) e Não deve ser reproduzido (1937). Inclusive, a icônica maçã verde de Magritte tem bastante destaque no MV.


Fonte: (1), (2), (3), (4), (5), (6)
Imagens: reprodução e divulgação
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