[AVISO DE GATILHO] O texto a seguir contém termos e relatos que podem causar gatilhos. Recomendamos cautela ao prosseguir a leitura.
Jang Ja Yeon fez seu primeiro trabalho para a TV, um comercial, em 2006 e em 2009 voltou às telas no lendário K-drama Boys Over Flowers. No mesmo ano, ela ainda fez dois filmes. Porém, a carreira promissora da atriz foi interrompida por sua morte em março daquele ano.
A atriz cometeu suicídio e deixou uma carta dizendo que foi obrigada pelo CEO da sua agência a fazer favores sexuais para figuras influentes do entretenimento sul-coreano. O caso foi investigado na época e a polícia indiciou duas pessoas: o CEO da agência da Jang fazia parte e o empresário dela.
Na última quarta (21), a defesa do ex-CEO da agência da atriz, a The Contents Entertainment, abriu um processo contra as atrizes Lee Mi Sook e Yoon Ji Oh por difamação e fraude litigiosa. O advogado representante do reclamante, Kim Young Sang, informou sobre a ação para a mídia nesta sexta (23).
De acordo com o processo, Yoon Ji Oh mentiu em seus depoimentos durante a investigação do caso. Chamada ao Tribunal como testemunha em 2010, Yoon disse que Jang nunca havia sido abusada e tentou inocentar o réu.
Porém, anos depois, Yoon mudou sua versão dos fatos em entrevistas. Desta vez, afirmou que Jang havia sido estuprada enquanto estava sob efeito de outras substâncias, o que poderia se encaixar como um estupro de vulnerável do ponto de vista jurídico.
Yoon também era parte do quadro de artistas da The Contents Entertainment na mesma época que Jang estava na empresa e também participou de Boys Over Flowers. Ela está afastada do entretenimento sul-coreano desde 2011.
Esta não é a primeira vez que Yoon é processada. Há poucos anos atrás, ela foi acusada de fazer declarações difamatórias contra Jang e também de fraude. A ex-atriz recebeu doações em apoio à sua decisão de testemunhar contra as figuras do alto escalão do entretenimento que passaram a ser investigadas após o escândalo da morte de Jang.
A investigação foi suspensa porque o paradeiro de Yoon era desconhecido. A ex-atriz mudou-se para o Canadá, país do qual também possui nacionalidade, em abril de 2019 e revelou que não estava se escondendo da justiça sul-coreana.
Para o advogado Kim, a suposta fuga seria um forte indício que comprova a culpa da ex-atriz: “Yoon Ji Oh sabe melhor do que ninguém que os conteúdos das suas entrevistas e do seu testemunho foram todos falsos e sua partida da sua cidade natal prova isso. Ela usou a morte de Jang Ja Yeon para seu próprio ganho pessoal“.
A outra processada é a veterana atriz Lee Mi Sook. De acordo com os autos, Lee explorou Jang para cobrir um caso amoroso com um homem 17 anos mais novo que ela. Além disso, Lee também teria sustentado um homem 20 anos mais novo que ela. O advogado alega que o dito homem tenha embolsado cerca de 200 milhões de wones (mais de R$755 mil) da atriz.
Para cobrir tais casos e evitar que Jang usasse estas informações contra ela, Lee teria banido a colega da indústria do entretenimento e obrigado o empresário de Jang a escrever rumores falsos sobre o CEO da The Contents Entertainment e sobre a atriz falecida.
As ameaças e rumores envolvendo Jang teriam sido fatores que pesaram em sua decisão de tirar a própria vida.
O ex-CEO de Jang foi preso em 2009 e condenado a um ano de prisão e dois anos de condicional. Em 2018, o caso da investigação da morte da atriz foi reaberto por ordens do então presidente Moon Jae In. Yoon Ji Oh veio mais uma vez à público falar sobre os abusos sofridos por Jang, mas tudo foi revelado como estratégias para promover o livro que ela havia escrito sobre a falecida atriz. Este fato somado às suas acusações por difamação acabaram fazendo com que a polícia fechasse novamente o caso.
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Imagens: My Daily e reprodução
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