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Política

Sindicatos iniciam duas semanas de greve contra o governo de Yoon Suk Yeol

Na segunda (03), a Confederação dos Sindicatos Coreanos (conhecida pela sigla em inglês KCTU) deu início a uma greve de duas semanas contra as políticas trabalhistas do Presidente Yoon Suk Yeol.

Dentre as demandas dos manifestantes estão:

  • O aumento do salário mínimo, que atualmente é de 9.620 wones (cerca de R$ 35) por hora;
  • Suspensão do que chamam de políticas “pró-chaebols e anti-trabalhistas”. Chaebol é um termo usado para se referir aos grandes conglomerados sul-coreanos, como a Samsung e a Hyundai;
  • Garantir o direito dos trabalhadores de se reunirem e fazer manifestações;
  • Protestar contra os planos do Japão de liberar nos oceanos as águas armazenadas na usina de Fukushima.

A KCTU estima que mais de 400 mil trabalhadores se juntem à greve e que, apesar do grande número, a sociedade não deve sentir muitos transtornos porque a participação de cada setor da indústria deve ser limitada a um ou dois dias.

Com isso, cada setor terá um dia para parar os seus serviços. Os funcionários dos correios foram um dos primeiros com paralisação logo no primeiro dia da greve. A Hyundai deve parar no dia 12 juntamente com os metalúrgicos. Já os trabalhadores da área da saúde votaram por fazer uma greve geral a partir do dia 13.

A polícia mobilizará 9300 oficiais para os dias de manifestação. Em nota, a Delegacia Metropolitana de Seul informou que quaisquer atos ilegais serão respondidos de forma severa.

O Ministro da Indústria Lee Chang Yang convocou uma reunião de emergência com diversas associações para discutir maneiras de minimizar os impactos da greve nas empresas e na economia. Lee classificou a greve como ilegal e pediu à Assembleia Nacional que trate com cautela um projeto de lei que, segundo ele, pode encorajar novas greves e causar confusão no setor industrial do país.

O projeto da lei apelidada de “lei do envelope amarelo” foi proposto pelo Partido Democrático. O texto garante os direitos de negociação dos trabalhadores indiretamente empregados e proíbe os processos judiciais por danos e as apreensões provisórias contra trabalhadores sindicalizados com o objetivo de suprimir as suas greves.

Nesta terça (04), a mídia do país informou que o governo deve em breve propor uma lei com sanções à greves e manifestações.

As medidas podem incluir normas para o controle de barulho, limitação do bloqueio de estradas ou de transporte público durante os horários de pico, restrições de reuniões em horários no início da manhã ou no fim da noite, restrições em áreas residenciais e próximos de escolas e hospitais, entre outros.

Fonte: (1), (2), (3)
Imagem: Yonhap
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Greyce Oliveira

Cearense de Fortaleza, é metade uma humana normal professora de Inglês e metade ELF(a) precisando (talvez) de tratamento para parar de falar no Super Junior toda hora.

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