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Especialistas sul-coreanos dão dicas para quem tem fobia de falar ao telefone

Acontece na Coreia, no resto do mundo e pode até mesmo acontecer com você. Já sentiu aquele nervosismo antes de fazer uma ligação telefônica? Em níveis exagerados, isso pode até mesmo se tornar uma fobia chamada “telefonofobia”.

A telefonofobia costuma afetar mais as gerações dos “millenials” e a Z, ou seja, os nascidos entre os anos 1980 e 2010. Em 2022, o grupo de pesquisadores da Embrain entrevistou 1000 sul-coreanos para saber qual faixa etária concentrava o maior número de pessoas que têm medo de falar ao telefone. Os resultados foram:

  • Faixa dos 20 anos: 43,6%
  • Faixa dos 30 anos: 36,4%
  • Faixa dos 40 anos: 29,2%
  • Faixa dos 50 anos: 19,6%

A pesquisa também perguntou qual a forma de comunicação preferida dos entrevistados. Dentre os nas faixas dos 20 e dos 30, 60% responderam que preferem mensagens de texto.

A predominância dos jovens nas estatísticas dos portadores de telefonofobia fez com que o The Korea Herald ouvisse pessoas nessa faixa etária para entender melhor como isso afeta suas vidas diárias. A universitária Lee Hyun Jung contou que sente seu coração acelerar antes de fazer alguma ligação.

Ela relata: “Desde a minha infância, raramente tive oportunidades de me comunicar via telefone. Me preocupo em cometer erros enquanto falo no telefone. Como consigo facilmente revisar mensagens de texto, tenho que ser extremamente cuidadosa para não dizer algo que possa soar rude ou bobo“.

Jeon, que trabalha em um escritório e também está na faixa dos 20, conta algo parecido: “Diferentemnte das mensagens de texto, não tenho muito tempo para arrumar meus pensamentos durante chamadas telefônicas, o que me faz gaguejar ou soltar coisas aleatórias para preencher o silêncio. Melhorei significativamente as minhas habilidades de fala por fazer e receber chamadas no escritório. Ainda assim, ainda dependo de pequenos roteiros e de antecipar perguntas para diminuir o pânico durante as ligações“.

Mas como podemos resolver ou, pelo menos, amenizar esta ansiedade? O Professor Lim Myung Ho, acadêmico de Psicologia da Universidade Dankook, explica que a voz carrega consigo as nossas emoções, o que pode fazer com que nervosismo transpareça durante a comunicação. Por causa disso, os jovens preferem se comunicar por mensagens de texto que são menos influenciáveis pelas emoções.

Segundo ele: “Muitas pessoas na faixa dos 20 e dos 30 têm dificuldade em lidar com emoções diretas e espontâneas mostradas durante uma ligação telefônica porque são mais acostumadas em se comunicarem por mensagens de texto. Recomendo conversar regularmente via telefone com pessoas próximas a você e preparar roteiros antecipadamente se a ligação for muito estressante. A ansiedade de telefone deve ser melhor trabalhada no ambiente de trabalho, onde habilidades de comunicação são de grande importância“.

Shin You Ah é diretora no U Speech, um centro especializado em melhorar a oratória de seus clientes, e também deu diversas dicas:

  • Mude sua mentalidade: Se sentir nervosismo antes de fazer uma ligação, tente se acalmar e eliminar seu medo ao manter em mente que tais ligações não terão grande repercussão.
  • Respire: Respirar não apenas acalma sua mente como também ajuda a estabilizar a sua voz.
  • Peça um tempo, se necessário: Se receber uma ligação inesperada, peça educadamente à pessoa para ligar novamente em outro horário. Enquanto espera o retorno, aproveite para organizar a sua mente e reduzir sua ansiedade.

Além disso, tanto o Shin quanto o Professor Lim falaram sobre a importância de ouvir e reconhecer a própria voz como forma de superar a telefonofobia.

Fonte: (1)
Imagem: Getty Images Bank
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Greyce Oliveira

Cearense de Fortaleza, é metade uma humana normal professora de Inglês e metade ELF(a) precisando (talvez) de tratamento para parar de falar no Super Junior toda hora.

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