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[ENTREVISTA] GYUBIN conta sobre o preparo para o debut e suas influências na música

Gyubin tem 16 anos, mas está planejando sua carreira há muito tempo. Nos últimos 2 anos publicou vários covers de músicas populares, com arranjos interessantes e tempero próprio, que atraíram um público cativo mesmo antes do lançamento oficial. Ela é agenciada pela LIVEWORKS Company, a mesma empresa que gerencia o lendário grupo SHINHWA, e é considerada uma grande promessa na indústria.

Além da voz graciosa, a trainee toca violão, piano e faz composições incríveis. Para mostrar sua versatilidade, está lançando um projeto pré-debut, onde fará colaborações com artistas consolidados no cenário. A primeira música, “Scribble”, já está disponível nas plataformas e é uma parceria com o rapper Wonstein. E ainda poderemos ver seu talento em outros singles, que incluem a participação de Gaeko (Dynamic Duo) e da banda indie Nell.

Batemos um papo super especial para conhecer melhor a cantora, saber mais sobre seus planos e como ela está se sentindo nesse momento especial, confira.



KoreaIN: Olá, é um prazer conhecer você e poder conversar um pouco sobre esse momento tão importante! Você é tão jovem e já traçou o seu caminho profissional. Quando começou a pensar em ser cantora?

GYUBIN: Desde que eu nasci?! (Risos) Eu até peguei o microfone no meu primeiro aniversário!*
Desde criança, quando via cantores no palco performando na frente de muitas pessoas eles pareciam maravilhosos, admiráveis, e eu até sentia um pouco de inveja. Eu não ficava nervosa cantando para outras pessoas e mesmo pequena eu sentia uma emoção e animação enorme enquanto me apresentava. Então eu naturalmente fiz disso o meu sonho de vida. E eu nunca pensei na minha vida sem a música.

*No primeiro aniversário, os coreanos tem uma tradição chamada doljanchi. Nela, o bebê é colocado na frente de vários objetos. Então é encorajado a pegar um ou dois itens dessa pilha. As escolhas simbolizam um tipo de futuro para o bebê, em relação à carreira e estilo de vida. Leia mais sobre a tradição aqui.


KoreaIN: E como foram os últimos meses de preparação para o debut?

GYUBIN: Os últimos meses foram os mais frenéticos e os mais felizes. Não só me desenvolvi como artista, mas também aprendi muito sobre comunicação e relações pessoais enquanto me preparava para as colaborações. Eu senti como se tivesse aprendendo mais enquanto escutava música do que sendo treinada. Claro que o treinamento foi desafiador, e tiveram momentos em que eu não queria mais continuar, mas fazer o que?! Eu amo tanto a música. Tem momentos em que eu sinto que não sou tão boa quanto a minha ambição, e eu tenho que aprender mais. Eu aprendi muito com ótimos professores e com a ajuda dos meus parceiros fui capaz de chegar aqui, um passo de cada vez. E eu não consigo acreditar que o debut que eu tenho sonhado tanto está logo ali.


KoreaIN: Nesse ponto da vida é legal pensar no que quer fazer no futuro. O que quer ter conquistado em 6 meses? E daqui a 1 ano, tem algum objetivo em mente?

GYUBIN: Na verdade, quanto mais eu preparo a música, mais quero ranquear [nos charts] e conseguir bons resultados. Honestamente, espero que em 6 meses minha música seja reconhecida pelas pessoas e que chegue no 1º lugar! Depois que atingir esse objetivo, eu quero ter o meu próprio show, me comunicar com as pessoas através da música e me sentir arrebatada pela energia da música. Não importa o tamanho e número da audiência!


KoreaIN: Nos últimos anos você lançou vários covers de artistas diferentes. Qual é o seu preferido? E qual foi mais desafiador? Tem algum cover que você se sente especialmente orgulhosa?

GYUBIN: O cover mais difícil e desafiador foi “Marigold”, da cantora japonesa Aimyon, porque essa música exige muita prática, concentração, e eu cantei em japonês pela primeira vez, sem erros, enquanto tocava o violão! E a minha favorita é “Anti-hero”, da Taylor Swift. Eu sou muito fã dela e queria recriar sua música no meu estilo. Fiquei orgulhosa de mim mesma por ter a ideia de harmonizar com a minha própria voz, ao invés de usar o instrumental original da música.


KoreaIN: Outro grande acontecimento na sua carreira foi a participação no SHINHWA WDJ CONCERT. Além de se apresentar para um público grande, você cantou uma música autoral. Como foi essa experiência? Você ficou nervosa antes de entrar no palco? E depois, qual foi o sentimento?

GYUBIN: Eu nunca vou me esquecer do ensaio para a minha primeira apresentação, e o nervosismo logo antes de subir no palco. Acho que foi o mais rápido que o meu coração já bateu. Essa foi a minha primeira vez cantando sozinha para tanta gente, em um lugar tão grande. Eu estava tão nervosa que me questionei centenas de vezes se ia conseguir me apresentar bem. Mas, quando entrei no palco, percebi mais uma vez porque eu queria ser cantora.


KoreaIN: Agora que estamos perto do seu debut, o que devemos saber da artista GYUBIN?

GYUBIN: Bom, por favor, lembrem apenas duas coisas sobre mim:
1 – Eu sou uma vocalista suave, mas emotiva, que toca dentro da sua mente;
2 – Eu tenho certeza de que posso melhorar o seu dia colocando toda a minha energia positiva e radiante nas músicas.
Por último, eu ainda estou aprendendo e procurando pelo meu próprio caminho, então posso não conseguir definir minhas cores ou estilo de música agora. E talvez nunca… porque eu quero mostrar meus diversos lados por muito tempo.


KoreaIN: Você pode me contar um pouco mais de “Scribble”, sua parceria com o Wonstein? Sobre a gravação e o lançamento? Tem alguma memória especial da produção dessa música?

GYUBIN: “Scribble” é uma música que descreve as emoções preciosas e vibrantes da paixão jovem. Como adolescente, eu queria interpretar essa música com as emoções únicas dessa fase e fazer as pessoas sentirem essa animação juvenil. Eu acho que a gravação foi a memória mais divertida e impressionante, porque eu aprendi muito sobre expressar completamente meus sentimentos na música e foi a primeira vez que senti muita alegria cantando. Eu não conseguia acreditar que estava trabalhando com o Wonstein, porque sou uma fã que ama muito as músicas e a voz dele. Através desse projeto, eu acho que me tornei mais ousada em expressar minhas emoções e ser honesta com a música, então ultimamente eu estou nas nuvens.


KoreaIN: Você se inspira em algum artista?

GYUBIN: Eu me inspiro em tantos músicos, de vários gêneros e épocas diferentes, mas acho que os que mais me inspiram são IU, Olivia Newton Jon e Jang Pil Soon. Eu sempre fico chocada quando escuto suas músicas. Eles carregam um tom vocal claro e puro, mas o que mais me surpreende é o charme rouco, preenchido pelo ar de suas vozes. É extremamente atraente. Eu sou especialmente muito influenciada musicalmente pela IU, que é meu modelo desde a infância. Porque ela nunca para de tentar novas abordagens em cada álbum que lança.


KoreaIN: Você pode me indicar algumas músicas que não saem do seu replay?

GYUBIN: Esta pergunta é muito difícil. Eu gosto de músicas com as vibes dos anos 1980 e 1990, como as músicas antigas que os artistas gravavam de forma grosseira, só com as próprias vozes. Porque eu consigo sentir as emoções reais deles e a história das músicas. Não consigo ficar enjoada, não importa quanto eu escute. Então eu quero recomendar “A little girl (소녀)” e “Love Song of KwangHwaMun (광화문연가)”, do cantor Lee Moon Sae. Ele foi o cantor mais famoso dos anos 1980 e ainda é amado pelas pessoas como um cantor lendário. Essas músicas são só perfeitas. Letras, melodia, emoção… Eu recomendo todas as suas músicas. Tenho certeza de que você vai sentir como se tivesse entrado numa máquina do tempo e estivesse voltando até suas memórias antigas.


KoreaIN: Por último, deixe uma mensagem para os seus futuros fãs brasileiros que estão lendo esta entrevista.

GYUBIN: Oi Brasil! Aqui é a Gyubin! Obrigada por escutar minha música e gostar dela! Eu sempre continuarei trabalhando duro para ser uma artista que possa trazer conforto e efeitos positivos na suas vidas. Eu espero que algum dia eu consiga encontrar e cantar para vocês. Então esperem por mim até lá! Amo vocês!

Imagem: LIVEWORKS Company
Não retirar sem os devidos créditos.

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  • Daniele Fernandes

    Jornalista, Escorpiana, 25 anos. poucas palavras

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