Sua principal fonte de cultura coreana e conteúdo exclusivo sobre KPOP.

Saúde

Conheça mais sobre o Sistema de Saúde da Coreia do Sul

Assim como em outros países, a Coreia do Sul também possui um sistema de saúde nacional que visa fornecer cuidados para sua população.

O National Health Insurance (NHI) é válido em todo o país e atende até mesmo os estrangeiros que lá moram. Conheça mais sobre o serviço.



A origem

O National Health Insurance (NHI) começou a ser implantado por volta de 1977, tendo como modelo base o sistema aplicado no Japão. No início, o sistema não tinha uma grande cobertura de assistência para todos os cidadãos, por isso era limitado a uma certa base de regras em que instituições deveriam ter no mínimo 500 funcionários para se vincular ao sistema junto ao governo em que poderiam ter o acesso ao serviço.

Posteriormente o sistema foi ganhando melhorias de cobertura, e atualmente pode ser acessado por todos os cidadãos nacionais e estrangeiros. Mas como de fato funciona e quais as principais semelhanças e diferenças do sistema de saúde do governo coreano?


Semelhanças e diferenças

Para começar, tendo em primeira comparativa o nosso sistema brasileiro (o SUS), o coreano não funciona com o acesso total aos serviços livre de qualquer taxa. O sistema coreano se caracteriza mais como um seguro nacional para assistência médica da população. Assim, para para sustentar o serviço e para que esse sistema funcione é necessário um financiamento combinado de várias áreas, como o pagamento por parte dos trabalhadores com um desconto na folha de pagamento (como feito em nosso país com a contribuição para a Previdência Social), subsídio do governo coreano e demais contribuições externas.

Assim, existe uma taxa em porcentagem descontada do salário dos empregados — e para aqueles que são autônomos também existe um sistema de pagamento para contribuição e acesso ao sistema de saúde. Além disso, o governo assegura, de forma isenta de pagamento, o acesso ao sistema de saúde para famílias que são consideradas de baixa renda e não podem contribuir por sua situação financeira.

Desta forma, com toda essa estrutura financeira e tendo em vista que o sistema opera como uma forma de seguro ou como um plano de saúde, ainda existe um custo a ser pago pelos que utilizam os serviços na prática — exceto as famílias de baixa renda, como mencionado acima.

Para exemplificar: o indivíduo que utilizar os serviços médicos ainda deve desembolsar o custo pela prestação da assistência médica com um desconto já arcado por ser contribuinte, ou seja, na maioria das vezes o custo pode variar em 30% do valor total do atendimento. Essa porcentagem pode variar para mais ou menos, dependendo do que foi necessário para a assistência médica do paciente.

Com esse modo de sistema de saúde, a população, de maneira geral, pode se dirigir a qualquer hospital que desejar, não existindo a divisão que conhecemos no Brasil entre a rede pública e privada para conseguir atendimento médico. Assim, os pacientes também podem utilizar clínicas e optar por atendimentos que são considerados ocidentais ou pelos de medicina tradicional e desenvolvidas na Ásia para melhor atender os anseios dos que buscam os serviços médicos.


Dificuldades e acesso pelos cidadãos estrangeiros

Uma das dificuldades enfrentadas pela adoção deste sistema é o fato da maior parte do acesso à saúde estar nas áreas urbanas, o que dificulta a cobertura em zonas rurais no país. Além disso, existe também a problemática de sua forma de funcionamento, em que ainda há um custo final para seus usuários — e resulta na falta de prevenção de doenças justamente pela necessidade de regulares idas ao sistema de saúde que vão gerando maiores custos, por isso, o foco está mais no tratamento do que na prevenção.

No caso de estrangeiros, o governo ainda impõe a regra de que apenas podem recorrer ao cadastro no sistema após seis meses de residência no país. O governo ainda oferece um suporte maior no período de gestação e maternidade, com consulta, exames e remédios, com a intenção de aumentar a taxa de natalidade nacional.

Fonte: (1), (2), (3)
Imagem: Universidade Nacional de Seul (via Nature)
Não retirar sem os devidos créditos.

Tags relacionadas:

Matheus Matos

Acadêmico de Relações Internacionais, amante do jornalismo e torcendo a todo instante para que alguém fale sobre Ásia.

Sair da versão mobile