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Conheça algumas tradições do Chuseok, um dos feriados mais importantes da Coreia do Sul

O Chuseok é um dos maiores feriados coreanos, ele é considerado a “Ação de Graças Coreana” por ser um período especial para a celebração da colheita e para homenagear os ancestrais com a família e amigos, e também é conhecido como Hangawi, traduzido como “celebração do meio do outono”.

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O Chuseok sempre ocorre na lua cheia no 15º dia do 8º mês do calendário lunar (geralmente entre o final de setembro e início de outubro), e dura 3 dias. Neste ano, o Chuseok cai na próxima terça-feira (17) e o feriado começa na segunda (16) e termina na quarta-feira (18). Às vezes, como em 2017, os dias de Chuseok se alinham com o Dia Nacional da Fundação e o Dia de Hangeul, o que amplia o feriado.

Neste período o volume de trânsito na Coreia aumenta impressivamente, pois as pessoas geralmente vão para suas cidades natais no dia anterior ao feriado para ajudar com a comida para o dia seguinte. E o dia seguinte ao Chuseok é um momento para limpeza, descanso e retorno para casa.

Além do trânsito, quem mora na Coreia pode encontrar conjuntos de presentes de Chuseok por toda parte. Apesar de não ser obrigatório dar presentes durante o feriado, presentear é um gesto educado, que virou costume a partir da década de 1960. A princípio era uma forma de trocar produtos essenciais, como sabonete, açúcar e condimentos. Com a melhora na economia, os presentes atuais também ficaram mais sofisticados e incluem doces, brinquedos, eletrônicos, cosméticos, entre outras variedades.

Charye, Beolcho e Seongmyo

Durante o Chuseok, há algumas tradições que são muito importantes, como o Charye (차레), um ritual para os ancestrais em que se oferta pratos especiais sazonais, como songpyeon (bolos de arroz em meia-lua) e bebidas.

No passado, o Charye era realizado no primeiro e décimo quinto dia de cada mês e em feriados tradicionais. Hoje em dia, no entanto, é geralmente realizado apenas em feriados tradicionais, como Seollal e Chuseok. O serviço era realizado ao amanhecer ou no início da manhã, mas agora é geralmente realizado bem tarde no dia, pois muitos parentes precisam viajar para chegar na casa de suas famílias.

No Charye, depois de preparar e colocar a comida na mesa, as pessoas se ajoelham com a testa no chão duas vezes para o ancestral e uma vez para os vivos — é uma forma de oferecer comida aos ancestrais. Depois, ou a comida da mesa é comida, ou uma mesa separada é preparada com os mesmos tipos de alimentos para o café da manhã.

Outra forma de fazer o Charye é fora de casa, pois como há empresas que servem comida para o Charye, as famílias podem ser reunir em resorts e fazer o ritual juntas e depois passar o resto do feriado.

Família visitando e realizando a limpeza do túmulo de um de seus ancestrais, cerimônias conhecidas como seongmyo (성묘) e beolcho (벌초) | Créditos: Hanguk Ilbo

Também é costume fazer Beolcho (벌초) no dia anterior e Seongmyo (성묘) no dia seguinte. Beolcho é uma cerimônia de corte de grama que acontece nos túmulos dos ancestrais — limpa-se detritos, ervas daninhas, apara-se a grama e arruma-se as áreas ao redor do falecido. As famílias se revezam para se curvar aos seus ancestrais no túmulo limpo, que é chamado de seongmyo, no dia de Chuseok.

Ganggangsullae

Para fechar a noite, as mulheres performam uma dança especial chamada ganggangsullae, na qual elas dão as mãos e dançam sob a luz da lua cheia, atraindo abundância e conquistas para a família. Historiadores traçam a origem da coreografia na província de Jeolla Namdo (ou Jeolla do Sul, província sul-coreana), há mais de 5.000 anos atrás.

Arte representativa da dança Ganggangsullae, na qual as mulheres dão as mãos e rodam em círculo sob a luz da lua cheia | Créditos: Korea Creative Content Agency

Ganggagnsullae também foi uma ferramenta e tática de guerra importante durante o século 16, quando a usaram para impedir a invasão japonesa ao vestir mulheres e meninas em uniformes de soldados e as colocavam em círculo, dançando e se movimentando para dar a impressão de que os coreanos treinados estavam em grande maioria na Mina de Okmae. Assim como o hanbok e os costumes festivos, o ganggangsullae é um patrimônio imaterial sul-coreano.

Além das tradições mantidas pelas famílias, é comum que os governos das cidades façam programações especiais — como Seul, que neste ano oferecerá apresentações de Ação de Graças Coreana, Dança da Colheita, jogos tradicionais coreanos, evento de compartilhamento de makgeolli (vinho de arroz cru), apresentação de samulnori, experiência com roupas tradicionais baekje etc.

Fonte: (1), (2), (3)
Imagens: Namwono30 via The Jeju Weekly, The Korea Times, Hanguk Ilbo, Korea Creative Content Agency
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