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História

Saiba mais sobre o Monte Kumgang e os petróglifos de Ulsan Bangucheon, novos Patrimônios Mundiais da península coreana

A península coreana ganhou dois novos títulos de Patrimônio Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco): o Monte Kumgang (na Coreia do Norte) e os petróglifos de Ulsan Bangucheon, na Coreia do Sul. Com estes novos marcos, agora a Coreia do Sul conta com 17 Patrimônios Mundiais, enquanto a Coreia do Norte tem três no total.

O Monte Kumgang é celebrado por sua beleza natural deslumbrante, além de contar com uma grande importância cultural e espiritual por abrigar vários templos budistas centenários. Já os petróglifos de Ulsan Bangucheon são um registro vivo e milenar da evolução da vida pré-histórica e o desenvolvimento de novas ferramentas, desde a pedra lascada até o ferro.


Monte Kumgang

Créditos: UNESCO

Localizado ao longo da costa leste da Coreia do Norte, o Monte Kumgang (literalmente “diamante” em coreano) ganhou este nome por conta dos seus picos cobertos de granito e diorito, que ganham um brilho que lembra a pedra preciosa quando expostos ao sol. A montanha não fica tão longe da Coreia do Sul: está a cerca de 50 km da cidade de Sokcho, na província de Gangwon.

Ela se tornou um dos principais pontos turísticos da Coreia do Norte por conta de sua extensão e atrações, como vales naturais, cachoeiras, penhascos e florestas imersas no cenário montanhoso. O Monte Kumgang é um lugar sagrado para os coreanos — tanto do Norte quanto do Sul —, sendo lar de vários templos budistas, isolados em alta altitude em meio à mata. A região não atrai apenas religiosos, como também artistas, compositores e viajantes que buscam conhecer a fauna e a flora nativas da península coreana, além de obras seculares, como estátuas esculpidas diretamente na pedra do Monte Kumgang.


Petróglifos de Ulsan Bangucheon

Créditos: UNESCO

Os petróglifos de Ulsan Bangucheon são gravuras rupestres feitas diretamente em pedras à margem do riacho Bangucheon, na cidade de Ulsan, durante a Pré-História. Localizadas em Bangudae Terrace e Cheonjeonri, as figuras representam a vida cotidiana, como animais marinhos, humanos e ferramentas, além de incluir o que é considerado a ilustração mais antiga no mundo sobre caça às baleias.

Os 312 desenhos de 7 mil anos são importantes não só devido à sua idade, mas por mostrarem a evolução da humanidade, com gravuras de animais e humanos da Idade da Pedra, padrões geométricos abstratos datados da Idade do Bronze, e figuras de traços finos feitos na Idade do Ferro. Contudo, não foi fácil tornar os petróglifos um Patrimônio Mundial da Humanidade: descobertos nos anos 1970, eles passam dias e até meses submersos, dependendo do nível da água. O principal culpado é a represa Sayeon, que causa uma flutuação no fluxo do riacho Bangucheon que pode não só prejudicar a visibilidade dos petróglifos, como danificá-los com a abrasão. 

Agora, o plano é construir até 2030 mais três comportas para a represa Sayeon, responsável pela água potável dos 1,1 milhão de moradores de Ulsan. A expectativa é diminuir o nível do riacho o suficiente para que os petróglifos fiquem submersos apenas um dia por ano, em vez da média atual de 42 dias que eles passam debaixo d’água dentro de um ano.

Fontes: (1), (2), (3), (4), (5)

Imagens: Reprodução/Unesco

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