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Modelo trans debuta em novo grupo de Kpop


No último domingo (06) debutou um novo trio de kpop chamado Mercury com o single “Don’t Stop”, uma canção electro-dance produzida por OTHANKQ. Formado por Choi Han Bit, Hyena e Saehe, o conceito do grupo é de ídolos com corpo de modelos e vêm chamando bastante atenção da mídia.

Choi Han Bit

Han Bit (28), que participou no 3° ciclo do “Korea’s Next Top Model” em 2012, teve experiência no ramo quando lançou o álbum solo chamado “Not My Style” em 2015 e teve contato com a arte, no Colégio Tradicional de Dança, quando pequena. Em 2006, com o apoio de seus pais, a cantora conseguiu fazer a cirurgia de redesignação de gênero e mudou seu nome de Han-jin para Han-bit, que significa “raio de sol”. Em uma entrevista ao Korea Times em 2009, ela disse que “auto-confiança” era o mecanismo usado contra intolerância:

 

“Eu gostaria de aconselhar para que (as trans) não se escondam e se libertem. Com medo da atenção do público, é praticamente impossível mudar a atitude das pessoas em relação a nós.

A artista não é a primeira trans no showbusiness coreano. Lee Kyung-Eun, mais conhecida como Harisu, é uma cantora pop, modelo e atriz. Fez a cirurgia no início dos anos 90 e em 2002 se tornou a segunda pessoa na Coréia do Sul a ter adotado legalmente sua identidade de gênero. No ano de 2001, Harisu chegou à fama após ser garota-propaganda para a marca de cosméticos DoDo. Ela lançou cinco álbuns e fez parte de grandes filmes e dramas.

Além de Harisu, em 2005 foi lançado o grupo sul-coreano Lady (레이디), formado apenas por integrantes trans. As garotas chamaram muita atenção da imprensa, criando um frenesi na mídia, entretanto, só fizeram shows algumas vezes, enquanto suas músicas e vídeos não foram bem recebidos pelo país conservador. Com a tentativa de terem mais publicidade, lançaram books de fotos com nu artístico dos membros do grupo, o que também falhou. Dois anos depois a banda chegou ao fim.
     
Agora, em 2016, acredita-se que o Mercury consiga ganhar popularidade e se sobressair às visões mais críticas do país. Podemos torcer para que as meninas não sejam bombardeadas com comentários maldosos e transfóbicos.

Veja abaixo o vídeo e nos diga o que você achou!

 

Conferindo os comentários do youtube, pudemos notar que o grupo já conquistou muitos fãs do Brasil!

 

 
 

 

Os fãs brasileiros são sempre maravilhosos 


Por Giovanna Akioka
Não retirar sem os devidos créditos. 
 

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  • Naira Nunes

    Publicitária, redatora e diretora de arte, sou CEO e fundadora da KoreaIN, a primeira revista brasileira sobre música e cultura asiática.

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