O musical The Pride tem se tornando um bom caminho para a população coreana aceitar socialmente os gays. A mídia coreana tem o costume de se esquivar do tema homossexualidade, não apresentando situações, não discutindo. Esse tipo de abordagem contribuiria também com a desmistificação do termo “comunidade gay”, que para os coreanos é totalmente estrangeiro.
The Pride foi escrita por Alexi Kaye Campbell, em 2008, contando duas histórias de amor paralelas, entre 2 homens gays, Philip e Oliver. A primeira história acontece na Londres de 1958 e com um outro casal, de mesmo nome, em 2008. A estreia da peça na Broadway aconteceu apenas em 2010.
No dia 29 de março, em uma conferência de imprensa, o diretor Kim Dong Yeon falou um pouco sobre a produção.
“A história em 1958 é triste e dolorosa. Philip e Oliver perceberam com eles se identificavam, mas não podiam expressar isso honestamente. Agora, na Londres de 2017, os gays estão vivendo livremente e abertamente. O musical mostra como a história de Philips e Oliver navega por gerações completamente diferentes.”
Kim Dong Yeon, diretor do musical The Pride
Segundo Kim Dong Yeon, The Pride quer poder educar os espectadores sobre como aceitarem suas diferenças ouvindo e crescendo com a história de outras pessoas, tornando o musical não apenas um retrato das dificuldades das minorias com diferentes orientações sexuais.
E este será o desafio entregue aos atores Lee Myung-haeng, no papel principal de Philip, Bae Soo-bin, Jeong Sang-yoon, Sung Doo-seop, Oh Jong-hyuk, que será Oliver, Jeong Dong-hwa, Park Sung-hoon, e Jang Yoo, que viverão as histórias.
É esperada uma resposta mais positiva do público para o musical, do que em relação à sua primeira temporada em 2014. A sociedade coreana tem se mostrado um pouco mais aberta em relação à comunidade LGBTQ. Um exemplo disto é a celebridade Hong SukChun, que foi a primeira a revelar abertamente ser gay, ainda em 2000. Como resultado, ele sofreu inúmeros ataques, principalmente online, e foi banido da indústria do entretenimento. Já em 2010, ele voltou à cena com um programa chamado “Coming Out”, que ajudava outros homens gays a se aproximarem daqueles que amavam. Uma prova de que o aceitamento, pelo menos midiático, tem crescido e a população aprendido e se tornado mais empática. Hoje SukChun faz aparições em diversos programas da TV coreana.
Por Naira Nunes
Fonte: Koreaboo
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