Cold Eyes, ou “Olhos Frios”, é um filme de ação policial que conta a história de um esquadrão policial montado para derrubar uma quadrilha de assalto a banco. Se com essa sinopse você espera ver policiais fardados e armados, é aí que você se engana. Nossos mocinhos aqui são de uma equipe de vigilância criminal, que trabalha sobre disfarce e sem armas, apenas coletando informações e observando os suspeitos para obter provas concretas de todos os envolvidos.
Apesar da sinopse parecer tediosa, na realidade é um filme intenso que envolve muito suspense durante todo o processo da investigação. A figura central é Ha Yoon-joo (Han Hyo-Joo), a novata da equipe, que usa do seu TOC para ajudá-la a memorizar cada detalhe que observa. Sua personalidade é forte, e seu senso de justiça às vezes fala mais alto que as regras e, como uma novata, ela também comete erros simples que a tornam real.
O resto da equipe também é formado por personagens realistas, desde a frustração da chefe Lee (Jin Kyung), que quebra o telefone com tanta frequência que os subordinados já tem estoque de substituos, ao excêntrico detetive líder Hwang (Sol Kyung-gu), sempre rígido com a Yoon-joo; e até o jovem detetive Esquilo (Lee Jun-ho, integrante do 2PM), animado e sempre sorrindo. Por causa das interações da equipe, mesmo sendo um filme sério ele é capaz de ter algumas cenas rápidas de alívio cômico.
Além do ponto de vista dos detetives, a história dos criminosos, liderado por James (Jung Woo-Sung), também é contada, aprendemos suas motivações, histórias e do porquê eles serem tão difíceis de serem pegos pela polícia tradicional. A produção de alto nível e atuação impecável tornam esse filme eletrizante, e é impossível tirar os olhos de cada cena.
Para os fãs de filmes policiais e que gostam de ver como uma investigação complexa funciona, Cold Eyes traz tensão e emoção na medida certa, recomendado para quem quer sentir adrenalina. “Olhos Frios” será exibido na Mostra de Cinema Coreano, no CCSP, Centro Cultural São Paulo, no dia 21 de junho às 15h45.
Por Paula Bastos Araripe
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