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[DOSSIÊ] Burning Sun, Seungri e JJY: Uma linha do tempo do maior escândalo sexual no K-POP

[AVISO DE GATILHO] O texto a seguir contém termos sensíveis que podem servir de gatilho. Recomendamos cautela ao prosseguir a leitura.

Um ano após o movimento ‘Me Too’ desencadear uma enxurrada de denúncias que abalaram a Coreia do Sul, uma nova série de escândalos sexuais levou a península a chamar a atenção de redes de notícias ao redor do mundo. Portais como CNN, BBC e G1 noticiaram o que foi chamado de “o maior escândalo da história do K-Pop”.

Com tantas notícias, rumores e descobertas, ficou difícil entender como um caso de violência em uma balada levou à queda de tantos grandes nomes da música. Pensando nisso e no seu entendimento, preparamos uma linha do tempo dos eventos até aqui.



28 de janeiro – A primeira denúncia

 O canal MBC divulgou gravações de câmeras de segurança mostrando a suposta vítima, Kim Sang Kyo, sendo espancado por seguranças e por um dos diretores do clube Burning Sun. Kim alegava ter sido atacado ao tentar salvar uma moça sendo sexualmente abusada dentro do recinto. Ao tentar contatar a polícia para relatar o abuso e o espancamento, ele haveria então sido preso por queixas de baderna. Rapidamente se espalharam as notícias de que Seungri seria um dos co-gerentes do clube.

Kim Sang Kyo na delegacia de polícia, agradecendo a população coreana que deu atenção a sua denúncia. Dias após, Kim foi acusado de assédio cometido dentro da Burning Sun. Créditos: YTN

29 de janeiro – Casos de abuso sexual na boate

A Burning Sun publicou uma nota oficial explicando que os envolvidos no caso de violência já haviam sido demitidos e que seus diretores e empregados estavam cooperando ativamente com as investigações policiais.

No mesmo dia, um vídeo postado em 2018 veio à tona. As filmagens mostravam uma mulher sendo arrastada pelos corredores do clube enquanto funcionários e DJs assistiam calmamente. A opinião pública foi de que as imagens provavam a versão de Kim Sang Kyo, de que abuso sexual acontecia nas dependências da Burning Sun.

Em resposta, o clube publicou a própria versão do caso, explicando que a mulher em questão era uma cliente que, após causar tumultos, havia sido retirada do recinto. Mas que, de forma alguma, havia sido drogada ou abusada, como noticiado. O post incluía ainda uma correção quanto à participação de Seungri nas atividades do estabelecimento, afirmando que o cantor nunca foi um dos diretores ou donos do clube, apenas uma espécie de promoter. 


31 de janeiro – YG sai em defesa de Seungri

Yang Hyun Suk, presidente da YG Entertainment, se pronunciou oficialmente. Em seu post, ele esclarecia que Seungri havia estado no clube aquela noite, mas havia se retirado antes dos acontecimentos problemáticos. Yang ainda afirmava que o cantor havia deixado todos os seus cargos em empresas, incluindo o de promoter da Burning Sun, uma vez que seu alistamento militar se aproximava e, de acordo com a lei, soldados não podem ter nenhuma outra fonte de renda.

 Mais tarde no mesmo dia, Kim Sang Kyo foi acusado de assédio pela mulher que ele, segundo depoimento do próprio, havia tentado salvar na noite do caso de violência. Imagens de câmeras de segurança corroboravam a história da mulher.


2 de fevereiro – O primeiro posicionamento de Seungri

Em um post em seu Instagram, Seungri finalmente se posicionou sobre o caso. Pedindo desculpas, ele enfatizou que não estava presente no clube no momento do ocorrido, mas havia sido notificado dos acontecimentos dias mais tarde. Ele também corroborou as notas da Burning Sun e da YG sobre o seu papel no gerenciamento do negócio.


15 de fevereiro

Após duas semanas de investigação, o Departamento Geral de Polícia de Seul em incursão na Burning Sun e na Delegacia de Yeoksam, confiscou dados, filmagens e outros documentos relacionados às denúncias de uso de drogas, crimes sexuais e corrupção policial.


20 de fevereiro – As investigações são iniciadas

Em meio às investigações do caso de assalto violento, a Polícia abriu também uma investigação conectada à supostas atividades ilegais envolvendo empregados e executivos da Burning Sun, Seungri incluso. A boate havia sido fechada alguns dias antes.


26 de fevereiro – Os chats e os serviços de prostituição

Em furo exclusivo, o canal a cabo SBS funE revelou registros de conversas de um suposto chat do KakaoTalk entre Seungri e outros três homens. No chat prostitutas eram solicitadas e favores sexuais organizados, tudo para satisfazer possíveis investidores estrangeiros.

De acordo com as mensagens, em 6 de dezembro de 2015, Seungri havia instruído um dos homens, suposto empregado da Yuri Holdings (uma das empresas do, então, integrante do BIGBANG), a “preparar o melhor lugar no Clube Arena e ligar para todas as garotas ‘fáceis’”.

Mesmo com a YG Entertainment e a Yuri Holdings imediatamente negando a veracidade do chat, o Departamento de Polícia de Seul anunciou a decisão de abrir uma investigação sobre o suposto serviço de prostituição, tornando Seungri, uma pessoa de interesse para a polícia coreana.

No mesmo dia, Seungri cancelou os shows de sua turnê no Japão e na Indonésia e se apresentou à delegacia de polícia para ser interrogado. Depois de 8 horas de questionamento e após se submeter a testes antidrogas, o cantor foi liberado. Horas mais tarde, a polícia liberou nota afirmando que os resultados do cantor haviam sido negativos para todos os tipos de drogas.


8 a 10 de março – A ligação de Seungri às acusações

Em apenas 3 dias, as notícias e descobertas se desenrolaram de forma a manchar ainda mais a imagem de Seungri. No mesmo dia em que seu alistamento militar foi oficialmente anunciado para 25 de março, a MBC News divulgou uma série de documentos internos da Burning Sun que contradiziam os pronunciamentos de que o papel do idol na empresa era apenas de promoção. Os papéis mostravam que Seungri era, não apenas listado como um dos diretores executivos do clube, mas também havia sido um dos principais investidores para sua fundação.  

Como resultado de todos os eventos, a comunidade on-line DC BIGBANG Gallery divulgou uma nota e uma petição que exigiam a retirada de Seungri do BIGBANG e da YG. No Instagram do cantor, os comentários se dividiam entre o apoio de fãs e a rejeição de outros, que concordavam com a petição.

No dia 10 de março a polícia iniciou buscas no Clube Arena, local pra onde Seungri teria, supostamente, enviado prostitutas para seus investidores. Portais de notícias reportaram que dados comprovando serviços de escorte e prostituição haviam sido encontrados no local.

Algumas horas mais tarde, a autenticidade das mensagens de 2015 foi comprovada. Seungri, e outros quatro membros do chat, foram listados pela polícia e questionados sobre as supostas violações à lei de prostituição de agenciamento.


11 de março – O envolvimento de JJY e outros cantores

Em pronunciamento oficial, a polícia revelou que outras duas celebridades masculinas eram parte do chat e haviam sido chamados como testemunhas. Foi também anunciado que Seungri, sendo considerado um suspeito na investigação, estava proibido de deixar o país.

Em seguida, a SBS funE em outra reportagem exclusiva revelou que o chat era composto por um total de oito homens, três deles sendo famosos cantores. A notícia ainda discorria sobre o compartilhamento de fotos e vídeos de mulheres feitos sem consentimento. O cantor e apresentador Jung Joon Young foi identificado como um dos participantes do grupo e principal compartilhador das gravações.

A reportagem abalou a Coreia e, pouco depois, Seungri foi ao Instagram para anunciar sua aposentadoria com o intuito de, em suas palavras, “proteger sua empresa e os outros integrantes do BIGBANG”.


12 de março – Seungri deixa o BIGBANG

Mais mensagens, datadas de 2016, sugeriam mais atividades ilegais do grupo, entre elas corrupção, suborno de agentes da Polícia e estruturas ilegais do Monkey Museum, clube de Seungri e ativo à época. O cantor é ainda acusado de apostar em jogos de azar durante suas viagens ao exterior, ato considerado criminoso segundo as leis coreanas. Seguindo as notícias, YG Entertainment confirmou oficialmente o término do contrato de Seungri e sua saída do BIGBANG.


14 de março – O envolvimento de Jonghoon (FTIsland), Junhyung (HIGHLIGHT/B2ST) e Jonghyun (CNBLUE)

Choi Jong Hoon (FTIsland) e Junhyung (HIGHLIGHT) que haviam anteriormente negado participar do suposto chat, admitem terem, em momentos diferentes, recebido de Jung Joon Young vídeos ilegais. Junhyung, em post on-line, pediu desculpas por suas ações e anunciou sua saída do HIGHLIGHT, assim como aposentadoria do mundo do entretenimento. Jong Hoon fez o mesmo através da FNC Entertainment.

Após reportagem da SBS revelar mensagens explícitas e compartilhamento de vídeos em chat pessoal entre Jung Joon Young (JJY) e Lee Jong Hyun (CNBLUE), a FNC Entertainment, em pronunciamento oficial, pede desculpas pelas ações de seu artista. No entanto, ignora pedidos de fãs para que o cantor seja retirado da banda.

Novas notícias conectavam Choi Jong Hoon a um caso de suborno e acobertamento de atividades ilegais, nomeadamente, dirigir embriagado. Seungri e Jung Joon Young se apresentaram ao Departamento de Polícia de Seul para depor.


15 de março – Os depoimentos

 Após deporem por 16 e 21 horas, respectivamente, Seungri e Jung Joon Young falaram com repórteres, pedindo desculpas por suas ações, afirmando terem entregado seus celulares para polícia como prova e prometendo ajudar com as investigações.

Foto: DPA

16 de março – Conexão policial e descarte de Junghyun e Jonghyun

Um superintendente da polícia, nomeado apenas como “Yoon” foi identificado como o policial conectado aos membros do infame chat. Ele teria ainda admitido ser amigo de Yoo In Suk, um dos donos da Yuri Holdings e amigo íntimo de Seungri.

Choi Jong Hoon se apresentou a polícia para ser questionado sobre as acusações de propina e compartilhamento ilegal de vídeos. A polícia esclarece que Junghyun e Lee Jong Hyun não são considerados “pessoas de interesse”, uma vez que visualizar vídeos ilegais de teor sexual não é considerado crime na Coreia do Sul.


18 de março – Mandado de prisão para JJY e Jonghoon volta ao caso

Após um segundo dia de questionamentos, a polícia anunciou que um mandado de prisão para Jung Joon Young foi encaminhado para a promotoria. Horas depois, Seungri submeteu pedido oficial para o adiamento de seu alistamento.

Em áudios vazados pela SBS, Choi Jong Hoon poderia ser, supostamente, ouvido falando de seus laços com o superintendente Yoon.


21 de março – JJY é preso

O dia começa com a notícia oficial do adiamento do alistamento de Seungri para 25 de junho, quando seu status militar será reavaliado, dependendo do desenvolvimento do caso Burning Sun. Em entrevista, o advogado do idol negou todas as acusações contra ele.

Ainda durante a manhã, Jung Joon Young se apresentou a imprensa antes de seguir para interrogatório na Promotoria. Para os repórteres, o cantor assumiu a culpa de todos os crimes pelos quais foi acusado.

Choi Jong Hoon foi indiciado por tentativa de propina e pelo acobertamento de seu caso de direção sob influência de álcool em 2016. Contradizendo as palavras de seu advogado, Seungri admitiu estar ciente das ilegalidades referentes a seu antigo clube, Monkey Museum.

No fim do dia, o mandado de prisão para Jung Joon Young foi oficialmente expedido e o cantor preso pouco depois. Ele recebe novas acusações, dessa vez por, supostamente, ter tentado se livrar de provas e pedir para que os outros também o fizessem.

Foto: Reuters

24 de março – As declarações de Seungri

Em entrevista exclusiva para o jornal Joseon Ilbo, Seungri falou, em profundidade, sobre todo o escândalo envolvendo ele, a Burning Sun e outros cantores. O cantor começou se desculpando por se envolver em negócios inapropriados e por se envolver em tantos escândalos. Entre outras coisas, ele negou, mais uma vez, ser um dos donos do clube que iniciou todo o caso; inocentou seu sócio, Yoo In Suk de todas as acusações que o cercam, explicando que ele teria sido, inclusive, contra o investimento em clubes de Gangnam.

Seungri negou todas as acusações de agenciamento, prostituição e uso de drogas e se disse assustado com todas as falsas estórias circulando a seu respeito:

“Tudo isso aconteceu em 2015. Ninguém se lembra que tipo de mensagens enviou 3 anos atrás (…) as mensagens me pareciam estranhas e acreditei realmente que elas haviam sido fabricadas pela imprensa. As mensagens em que eu supostamente teria dito ‘dê a eles as garotas fáceis’, eu estava no Japão com a equipe do Big Bang celebrando um aniversário, eu não podia acreditar que tivesse dito algo do tipo, me senti envergonhado e embaraçado. (…) Uma das garotas nomeadas no grupo era namorada de um dos participantes do chat, ela e outras mulheres que estavam no clube Arena foram chamadas pela Polícia e negaram ser prostitutas”.

Contradizendo o que havia dito até então, o cantor admitiu ter recebido os vídeos e fotos sexuais compartilhados por Jung Joon Young e mesmo comentado sobre eles, se disse envergonhado por ter usado palavras baixas, mas negou ter compartilhado e, muito menos, filmado qualquer dos vídeos em questão. Ele disse ainda ter, em inúmeras situações, alertado os amigos para interromperem suas ações ilegais, uma vez que isso poderia causar grandes problemas.

Seungri encerrou pedindo desculpas aos outros integrantes do BIGBANG, à YG Entertainment, aos fãs e a todos os amigos injustamente envolvidos no caso. Ele ainda pediu para que a imprensa e sociedade o tratem justamente, deixando de envolve-lo em casos muito maiores e obscuros, conectando seu nome com o de políticos e com o caso da atriz Jang Ja Yeon.


28 de março – Mais chats ilegais e ligações entre JJY, Seungri e Jonghoon

Nas últimas notícias sobre o caso, Jung Joon Young, Seungri e Choi Jong Hoon foram indiciados em acusações adicionais por compartilhamento de vídeos e fotos ilegalmente obtidos.  

O portal Yonhap News noticiou que a Agência da Polícia Metropolitana de Seul havia confirmado a existência de 23 chats de compartilhamento de vídeos e fotos. De acordo com a polícia, cerca de 16 participantes foram identificados em chats individuais e grupos. Entre os participantes dos chats, 7 deles haveriam compartilhado os vídeos, entre eles Jung Joon Young, Seungri e Choi Jong Hoon.

Ainda sobre essas revelações, jornalistas afirmaram que 8 dos integrantes dos chats seriam celebridades, entre eles os nomes já revelados (incluindo Junghyun) e dois cantores identificados pela MBC como cantores “J” e “K”. A polícia então explicou que esses nomes não seriam revelados por eles e não seriam indiciados, uma vez que haveriam apenas recebido os materiais ilegais.

30 de março – Seungri se contradiz

Segundo relatos, Seungri teria, em mais uma contradição, admitido para a Polícia o compartilhamento de alguns dos vídeos e fotos presentes no chats, mas continuado a negar participação na filmagem.

1 de abril 

O comissário geral da Polícia Metropolitana de Seul, em conferência com a imprensa, revelou que, em relação com o caso Burning Sun um total de 103 pessoas haviam sido fichadas e outras 13 emprisionadas. Em adição, 15 pessoas teriam sido fichadas e quatro presas por uso e distribuição de drogas em dependências do clube. Finalmente, 1 pessoa teria sido presa por distribuir GHB, conhecida como a droga do estupro.


2 de Abril – Roy Kim e Hwang Ha Na são revelados como parte das investigações

Em mais uma reviravolta do caso, o músico Roy Kim (que já havia negado todos os rumores em seu nome), foi revelado ser o cantor “K”, previamente citado pela Polícia e imprensa. Kim, que mora e estuda nos Estados Unidos, não se pronunciou.

Ainda no mesmo dia, as investigações sobre uso de drogas em clubes coreanos trouxe à tona mais um nome, Hwang Ha Na. A mulher é a única neta de uma das famílias mais ricas da Coreia do Sul, blogueira e ex-noiva de Park Yoochun. Hwang teria, em diversas ocasiões, usado uma forma de metanfetamina e distribuído a droga para terceiros.

Hwang, que até então havia recusado todos os pedidos da Polícia para comparecer em depoimento, foi presa horas depois em um hospital onde, suspeita-se, tentar limpar resquíssios de drogas de seu organismo.


4 de abril – Confissões e provas

Em mais um questionamento policial, Choi Jong Hoon admitiu ter oferecido propina para o policial responsável por seu caso de direção sob influência. Segundo relatos oficiais, ele teria admitido oferecer cerca de 2 mil dólares para que o oficial o deixasse partir sem maiores consequências.

No caso Hwang Ha Na, o programa da CBS No Cut News mostrou relatos e prints de conversas onde a blogueira teria, supostamente, recebido os vídeos sexuais compartilhados nos chats de famosos e os usado para chantagear e/ou ameaçar algumas das mulheres nos vídeos.


5 de abril – Eddy Kim é fichado

Após diversas especulações, foi revelado que no dia 31 de março, o cantor Eddy Kim, amigo íntimo de JJY e Roy Kim, foi convidado a comparecer para depor como testemunha no caso de compartilhamento dos vídeos e fotos ilegais. E, após maiores investigações, a polícia o havia fichado como suspeito no compartilhamento de uma fotos de origem desconhecida.  


10 de abril – Roy Kim retorna à Coreia

Roy Kim voltou à Coreia em segredo e seguiu, imediatamente, para depoimento em relação às acusações de distribuição de mídia ilegal. Em frente ao escritório da Polícia Metropolitana de Seul, o cantor evitou as perguntas da Imprensa, mas pediu desculpas a seus fãs e a sua família. O pai do cantor, um respeitado empresário e professor em uma das grandes universidades da Coreia havia, dias antes, excluído o nome do filho de sua biografia on-line e, durante uma de suas aulas, pedido desculpas públicas a seus alunos, se culpado pelas ações de Roy.


11 de abril – Roy, Eddy e Jonghoon admitem a culpa

A Agência de Polícia Metropolitana de Seul revelou em uma coletiva de impressa que Roy Kim, Eddy Kim e Choi Jong Hoon haviam admitido compartilhamento de vídeos e fotos no chats liderados por Seungri e JJY. Foi anunciado que Choi será encaminhado para a Promotoria de Justiça por ter compartilhado um vídeo filmado por ele mesmo e outros 5 vídeos filmados por terceiros. Já Roy e Eddy se apresentarão aos promotores sob as acusações de compartilhamento de mídia obtida on-line.

Em resposta a uma petição on-line pedindo a expulsão de Roy Kim, a universidade norte-americana Georgetown anunciou que abrirá investigação. Será avaliada a conduta do cantor e analisarão a validade de sua graduação, que aconteceria em maio desse ano.

12 de abril – O ponto chave

Em entrevista ao programa Lee Kyu Yeon’s Spotlight, o advogado que inicialmente divulgou os chats, Bang Jung Hyun, revelou novas informações. Segundo ele, há provas de que há cada 2 ou 3 meses, Seungri pedia para que os membros do chat deixassem o grupo e o deletasse e, em seguida, fazia um novo grupo. Dessa forma, seria difícil obter provas em caso de vazamento das conversas. Entretanto, JJY nunca deixou os grupos e manteve todas as conversas, o que permitiu aos técnicos da Polícia restaurar antigos logs.


13 de abril – As investigações seguem e mais provas são divulgadas pela mídia

Em mais uma revelação de conversas entre os membros do chat, a BBC Korea mostrou uma série de conversas com linguagem derrogatória e com uso de termos extremamente sensíveis para a sociedade coreana. Se referindo a duas mulheres com as quais membros do grupo haviam se envolvido, um dos homens as chamou de “mulheres de conforto” (termo usado para se referir as mulheres sequestradas, estupradas e prostituídas por oficiais japoneses durante a ocupação do Japão na Coreia).

A reportagem ainda relevou uma série de conversas que teriam ocorrido durante viagens ao exterior. Usando termos racistas e derrogatórios, os homens falavam sobre suas atividades sexuais com estrangeiras, notadamente chinesas e alemãs. A BBC ainda ressaltou o fato de que a palavra “mulher” era raramente usado no chat, ao se referirem ao sexo oposto. Os homens sempre usavam gírias referentes ao órgão sexual feminino e a prostitutas.

Após se estender por dois meses, o caso parece se encaminhar para uma solução e, até aqui, incentivou a população a exigir maior investigação de casos de abuso sexual, prostituição forçada e agenciamento, assim como de filmagem não autorizada. Redes de notícias reportaram ainda uma queda considerável no público frequentador de clubes em Gangnam, Itaweon e Hongdae; em boates de propriedade da YG Entertainment, a clientela seria composta 80% por homens e estrangeiros.

Esse artigo será atualizado conforme o desenrolar do caso.

Por Jeiciane Torres
Fontes: TodayOnline; The Korean Herald; Joseon Ilbo; Yonhap News; The Straits Time; Soompi.
Não retirar sem os devidos créditos.

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  • Jeice Torres

    Brasileira morando e estudando na Coréia. Apaixonada por k-hip hop, filmes de terror e picolé de melão. Na luta pela fluência em coreano.

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