Segundo o apurado pelo jornal Korea Herald é possível que 1,2 milhões de vendas do último álbum do septeto não tenham sido contabilizadas pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI). Órgão que anualmente publica um relatório de vendas que serve de base para a análise do êxito comercial de diversos artistas globalmente e que é comprado por uma grande parte da indústria musical.
Esse ano foi divulgado pela federação, que o álbum do BTS, Map of the Soul: Persona, foi o terceiro álbum mais vendido de 2019, contabilizando 2,5 milhões de cópias vendidas. Número inferior às 3,7 milhões de cópias notificadas pelo Gaon Chart, parada musical oficial da Coreia do Sul.
Quando procurada, a IFPI, afirmou que os números publicados em seu ranking são baseados em envios auto certificados que foram repassados pelas gravadoras dos artistas. Nesse caso, os números de vendas do BTS, foram fornecidos pela Big Hit Entertainment, gravadora responsável pelo grupo. Que por sua vez, enviou a instituição os números de vendas contabilizados pela Hanteo Chart.
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O IFPI nos pediu dados de vendas e enviamos os da Hanteo Chart, que é baseado nas vendas de álbuns em casa.
Declarou um representante da Big Hit ao jornal.
Ou seja, as vendas alcançadas pelo grupo no exterior ficaram de fora dos números repassados a IFPI, uma vez que a Hanteo Chart, monitora apenas as vendas de álbuns licenciados dentro da Coreia e de alguns importadores individuais. Ao contrário do Gaon Chart, que contabiliza as vendas de músicas e álbuns de distribuidores oficiais dentro e fora do país.
Quando questionada sobre o porquê da escolha de enviar os dados da Hanteo Chart ao IFPI a Big Hit Entertainment se recusou a responder. Assim como o executivo da federação também declinou de responder se a instituição estava ciente de que os dados que havia recebido não incluíam informações sobre as vendas do grupo no exterior.
Sobre essa situação um representante da Korea Music Content Associacion, grupo por trás do Gaon Chart declarou à reportagem:
Perguntamos à Big Hit por que eles enviaram dados do Hanteo, em vez de solicitar diretamente aos distribuidores. A agência apenas repetiu que o IFPI pediu que eles fornecessem dados de vendas.
Ele ainda completou dizendo que a Hanteo Chart não pode contabilizar o volume de vendas de músicas exportadas, nem rastrear em que país ou por qual empresa essas vendas foram realizadas.
Ele ainda destacou que a parceria para a obtenção de dados entre a federação e os distribuidores locais não foi renovada esse ano, e por isso, a IFPI precisou recorrer diretamente às gravadoras para obter os números das vendas dos artistas. O que poderia justificar o desencontro entre os dados repassados e publicados pela federação esse ano.
Fonte: The Korea Herald