Após dois anos de medidas extremas contra o COVID-19, a Coreia do Sul começou este mês uma estratégia chamada “Living with COVID-19” que visa diminuir gradualmente as medidas de distanciamento social devido ao COVID-19. Porém, o resultado dessa estratégia não saiu como o esperado.
Estatísticas apontam que, após o início das novas diretrizes, houve um aumento significativo de novas infecções e pacientes em estado grave, resultando em uma luta contra a escassez de leitos hospitalares para pacientes com coronavirus. Os leitos hospitalares estão enchendo rápido, principalmente na cidade de Seul e na área metropolitana ao redor da capital.
Os pacientes estão esperando mais de um dia para conseguir a hospitalização. De acordo com o Ministério da Saúde e Previdência, até este domingo (21), 907 pacientes na capital aguardavam há mais de um dia, o maior número desde o início da pandemia. Deste número, 466 pacientes tinham 70 anos ou mais.
Os leitos da unidade de terapia intensiva (UTI) disponíveis para pacientes em estado crítico também estão se esgotando rapidamente. Neste domingo, a taxa de ocupação de leitos na UTI foi de 83% em Seul foi e 80% nas províncias de Gyeonggi e Incheon.
O ministro da Saúde introduziu planos para transferir pacientes gravemente enfermos de Seul para as regiões vizinhas, mas médicos especialistas apontaram que estes planos podem não ser viáveis, pois as cidades vizinhas também estão com sua capacidade de leitos quase lotadas e transferir pacientes em estado grave de saúde é uma ideia arriscada.
Apesar deste aumento extremo nos casos de infecções por COVID-19, o governo não está planejando voltar atrás com a estratégia da “Living with COVID-19”. O governo se concentrará apenas em uma rápida implementação de medidas de quarentena mais rígidas em lares de idosos e outras instalações de alto risco, bem como permitir o uso eficiente de leitos hospitalares.
Ana Raíssa da Luz
Fontes: (1), (2)
Imagem: Yonhap – reprodução
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