Nesta segunda (24), a Coreia do Sul registrou mais de 7 mil novos casos de COVID-19 pelo terceiro dia consecutivo. O fato acontece em meio ao temor da variante ômicron.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CCPD), foram 7.513 registrados, sendo 7.159 por infecções locais. Esta foi a quarta maior quantidade diária desde o início da pandemia há dois anos atrás. O recorde foram os 7.848 casos de 15 de dezembro.
O número de casos nas segundas costuma ser baixo devido ao menor número de testes realizados durante o fim de semana. Porém, a rápida propagação da variante ômicron parece quebrar essa tendência. A variante já ocupa 50.3% dos novos casos detectados na última semana, registrando 4.830 casos. O total agora, de acordo com o CCPD, é de 9.860 casos confirmados.
O número de mortes por COVID chegou a 6.565 na segunda, 25 a mais que domingo. A taxa de mortalidade ficou em 0.89%. Já o número de pacientes em estado crítico está em 418, 13 a menos que no domingo.
O Ministro do Interior Jeon Hae-cheol declarou: “A média de casos confirmados na semana passada foi de 5.962, um aumento de 50% em relação à semana anterior, devido à alta taxa de transmissão da ômicron. Trabalharemos duro para responder de forma efetiva às áreas onde prevalecem o número de casos da variante enquanto rapidamente implementamos um sistema médico centrado nas instituições gerais de saúde“.
O novo sistema médico mencionado pelo Ministro deverá focar na detecção precoce do vírus e tratamento dos grupos de risco, como idosos e pessoas com doenças subjacentes. Em casos de suspeita de contaminação, tais grupos farão o teste PCR. Aqueles que forem considerados de baixo-risco serão enviados para as estações de testagem para os testes rápidos de antígeno. Além disso, o período de autoquarentena será encurtado de 10 para 7 dias.
O governo adotará as novas medidas a partir de quarta (26). Elas serão primeiro instalada na região sudoeste do país e na província de Gyeonggi, áreas onde foram identificadas altas taxas de contágio pela variante ômicron. Após isso, será decidido se o resto do país também seguirá os mesmos protocolos.
Apesar da proximidade com Seul, Gyeonggi registrou mais casos. Foram 2.391 casos confirmados contra 1.626 da capital. A cidade de Incheon, onde está localizada um dos principais aeroportos do país, registrou 552 casos. O número de casos importados também aumentou 354, chegando a 23.753.
Contaminações também nas Forças Armadas
Os cidadãos que estão cumprindo seus alistamentos militares e aqueles que fazem parte das Forças Armadas do país também estão vendo um aumento de contaminações entre seus soldados. Nesta segunda (24), foram registrados mais 24 casos, incluindo 22 infecções avançadas.
Destes, 15 são do Exército, 4 dos fuzileiros navais, 4 de unidades controladas diretamente pelo Ministério da Defesa e um da Marinha.
Atualmente, 384 militares estão em tratamento. A soma total de casos identificados está em 3.942, sendo 2.098 com infecções avançadas.
Estatísticas de vacinados no país
As autoridades de saúde divulgaram que 43.8 milhões de sul-coreanos – correspondente a 85.4% da população do país – já completou seu esquema vacinal. Além disso, 25.24 milhões – 49.2% da população – já tomou a dose de reforço.
Fonte: (1), (2)
Imagem: Yonhap (reprodução)
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