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Sociedade

Pesquisa com jovens coreanos entre 20 e 30 anos indica que muitos não querem se casar

Uma pesquisa feita pelos sites de recrutamento Job Korea e Albamon com 1025 homens e mulheres na faixa de 20 a 30 anos em dezembro de 2020 indicou que um em cada quatro deles não pretende se casar, totalizando 24.8% dos entrevistados.

As razões para isso mudam de acordo com o gênero do entrevistado. Enquanto os homens apontaram “fator econômico” e “felicidade pessoal”, as mulheres responderam “para se afastar do sistema patriarcal”.

O resultado da pesquisa bate com o que foi apontado pelo Comitê de Saúde Populacional também em 2020. Nele, 51,1% dos homens responderam que não pretendem se casar porque acham que “será difícil manter as condições para um casamento na realidade”, como comprar uma casa e condições financeiras, por exemplo. Outros 29,8% responderam que “acham que são mais felizes vivendo sozinhos”.

Entre as mulheres, 25.3% responderam que “acham que são mais felizes vivendo sozinhas” e 24.7% “por causa do sistema patriarcal e da desigualdade de gênero”.

Ano passado, a Coreia do Sul registrou mais mortes que nascimento. Uma parte da culpa desse fato deve-se justamente ao fato que os jovens que não desejam se casar também não tem interesse em se tornarem pais. Além disso, o tabu em torno das mães solos ainda é bastante presente no país, fazendo com que a maternidade/paternidade esteja atrelada ao casamento.

Porém, alguns dos jovens entrevistados na pesquisa revelaram que, apesar do casamento não estar em seus planos, ainda desejam constituir uma família com outras configurações. Nesses casos, a opção seria pelo sistema de coabitação, onde um casal pode dividir o mesmo teto sem necessariamente passar pelos trâmites de um casamento comum.

A união neste caso poderia ser via contratos civis que garantem os mesmos benefícios de um casamento comum com a vantagem de serem menos burocráticos, inclusive em caso de término da relação.

Portanto, mesmo parecendo avessos às convenções sociais, os jovens parecem mais interessados em buscar novas formas de colocá-las em prática que desculpas para fugir delas.

Fonte: (1)
Imagem: Shutterstock
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  • Greyce Oliveira

    Cearense de Fortaleza, é metade uma humana normal professora de Inglês e metade ELF(a) precisando (talvez) de tratamento para parar de falar no Super Junior toda hora.

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