O Dia das Crianças na Coreia do Sul foi celebrado na última quinta (05). Na mesma data, representantes do Ministério da Saúde e do Bem-estar anunciaram que começaram a escrever uma lei para proteger os direitos básicos das crianças do país. O plano é que o texto seja proposto para aprovação ainda esse ano.
Um porta-voz do Ministério declarou que a nova lei reconhecerá as crianças como indivíduos com direitos próprios. O texto incluirá direitos básicos como saúde e educação até mesmo ao descanso e ao lazer, além de garantir ambientes propícios para que possam brincar.
A proposta chega após uma pesquisa feita pelo próprio Ministério em parceria com o Centro Nacional pelos Direitos das Crianças indicar que uma em cada cinco crianças sul-coreanas não se consideram felizes. Mais de 1200 crianças com idades entre 11 e 17 anos foram entrevistadas entre julho e outubro do ano passado e 18,6% delas responderam que não estavam felizes.
Dentre os motivos apontados para tal, a pressão para conseguir boas notas foi a mais citada, totalizando 34% das respostas. Em segundo com 28% estava o medo pelo futuro incerto. Outros motivos incluíam dificuldades financeiras, problemas familiares, relação com os amigos e aparência física.
A pesquisa também mostrou que as crianças se sentiam desprovidas de tempo de brincar. A interferência dos adultos foi apontada como a causa da restrição dos direitos das crianças de brincar e fazer atividades recreativas, totalizando 47%. Em segundo lugar veio a falta de tempo.
Outra pergunta indicou que 65% das crianças entrevistadas disseram ter suas opiniões respeitadas enquanto 34,5% disseram que não tinham.
Por último, 35,3% das crianças revelaram ter sofrido algum tipo de discriminação no ano passado. Destas, 21,4% disseram que o motivo foi por causa da idade; 16% responderam que foram tratadas diferentemente com base no seu gênero; 10,8% indicaram que o motivo teria sido a aparência e 9,9% apontaram o rendimento acadêmico.
Fonte: (1)
Imagem: Baek So-ah via Hankyoreh
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