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26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Literatura

Literatura coreana para conferir na Bienal do Livro 2022

Chegou uma das melhores épocas do ano para os leitores de plantão: Entre os dias 2 e 10 de julho estará acontecendo a Bienal Internacional do Livro em São Paulo. Claro, a KoreaIN não poderia deixar de ir conferir e trazer as melhores indicações de livros para os fãs de literatura sul-coreana.

Um dos eventos mais tradicionais em São Paulo é, com certeza, a Bienal do Livro. Acontecendo a cada dois anos desde 1970 em São Paulo (tendo sua edição também no Rio de Janeiro) no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Após ter sido adiada em 2020, por conta da pandemia de COVID-19, o evento retornou em 2022 ao solo paulistano para a alegria dos assíduos leitores e frequentadores, agora em uma nova casa no Expo Center Norte.

Os leitores de plantão esperam ansiosamente pelo momento em que são anunciadas as datas, a abertura para venda de ingressos e o tão esperado dia da visita. Este ano, os estandes e editoras estão com opções incríveis de literatura sul-coreana, ou de autores coreanos-americanos.

Além de publicações brasileiras inspiradas em histórias de K-Dramas, BLs, biografias de grupos como BTS e BLACKPINK, fanfics com idols de K-Pop adaptadas com personagens originais publicados como livros por empresas independentes, como a Editora Violeta e a Editora Euphoria, a cultura sul-coreana está em peso na 26ª edição desse evento livre e incentivando a leitura entre todos os públicos.

Confira alguns dos principais títulos disponíveis na Bienal para colocar na sua listinha de compras:



“Atos Humanos”

Capa do livro “Atos Humanos” de Han Kang
Créditos: Amazon

Em 2021, a editora Todavia trouxe a tradução inédita da obra “Atos Humanos”, escrito pela autora sul-coreana Han Kang. O livro se passa em maio de 1980, na cidade de Gwangju, durante os levantes estudantis, violentamente reprimido pelo exército, o que gerou milhares de mortes. Os capítulos contam o trágico episódio pelos olhos de algumas de suas vítimas, ou familiares e repórteres. A narrativa demonstra a violência e a maldade nos atos humanos.

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“Kim Jiyoung, nascida em 1982”

Capa oficial do livro “Kim Jiyoung, nascida em 1982”
Créditos: Amazon

A tradução em português de “Kim Jiyoung, nascida em 1982”, um dos “clássicos contemporâneos” mais polêmicos da literatura sul-coreanos, foi publicada em 2022, pela editora Intrínseca.

Em Seul, dentro de um pequeno apartamento, vive Kim Jiyoung — uma millenial comum —, o marido e a filha recém-nascida. Após largar o emprego em uma agência de marketing para se tornar mãe e dona de casa em tempo integral, Jiyoung passa a apresentar sintomas estranhos e preocupantes: ela personifica vozes e trejeitos de mulheres próximas. Conforme o comportamento se agrava, o marido passa a levá-la num psiquiatra.

A história é contada pelo profissional, responsável por dar uma visão concisa da trajetória e pensamentos expressados por Jiyoung durante as consultas. Kim Jiyoung, nascida em 1982, possui um nome comum para meninas coreanas e passou por situações igualmente ordinárias para alguém do sexo feminino, percebendo rapidamente o quão desfavorecida era, frente ao irmão e outros garotos da mesma idade.

A obra é uma análise da sociedade coreana perante às mulheres, demonstrando durante as fases da vida de Kim Jiyoung, os percalços e situações inaceitáveis.

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“Pachinko”

Capa do livro “Pachinko” (Créditos: Editora Intrínseca)

“Pachinko”, obra de Min Jin Lee, teve sua versão traduzida para o português publicada em 2020 pela editora Intrínseca.

O livro se passa durante a ocupação japonesa na península coreano no século XX e trata-se de um longo retrato de três gerações coreanas, afetadas profundamente pelo tempo de guerra e dificuldades enfrentadas por imigrantes.

A narrativa conta história de Sunja, filha de um pescador aleijado e da dona de uma hospedaria na zona litorânea do país recém dividido. Durante a adolescência, conhece Hansu ― um forasteiro rico que vive entre a pequena cidade e o Japão ―, do qual lhe promete o mundo, mas vê os sonhos de um futuro feliz e brilhante murcharem ao descobrir que está grávida, e que o namorado era casado.

Grávida e sem esperança para salvar a própria reputação e a da família, Sunja conhece o pastor Baek Isak, um homem gentil e que estaria só de passagem pela cidade em direção ao Japão, mas severamente acometido pela tuberculose. Após uma longa estadia sendo cuidado pela moça e sua mãe, Isak a pede em casamento, prometendo adotar o bebê que crescia no ventre da adolescente. Após aceitar o pedido, rejeitando Hansu e o proibindo de contatar o filho, se inicia uma saga de sofrimento e dificuldades.

O romance ganhou ainda mais sucesso após a Apple+ transforma-lo em um seriado com elenco composto de estrelas como Lee Min Ho e a ganhadora do Oscar Youn Yuh Jung. No final de abril, o serviço de streaming anunciou que a história ganhará uma segunda temporada ainda sem data de estreia definida.

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“Amor, Mentiras e Rock & Roll”

Capa do livro “Amor, Mentiras e Rock & Roll”.
Créditos: Amazon

“Amor, Mentiras e Rock & Roll” foi publicado em 2021, pela editora Seguinte. A obra de David Yoon é uma comédia/romance para jovens adultos, leve e divertida.

A obra conta a história de Sunny Dae, um nerd que carrega o título com orgulho, jogando RPG com os amigos e passando pela adolescência da melhor forma possível… até o momento em que conhece Cirrus Soh, a garota mais confiante e descolada do mundo, aos olhos do jovem apaixonado. A trama começa quando Cirrus visita a casa da família Dae e entra, por engano, no quarto do irmão de Sunny. Vendo a jovem encantada com os pôsteres e decoração, o protagonista inventa que está em uma banda de rock & roll, iniciando uma mentira que cresce feito uma bola de neve.

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“Para Todos os Garotos que Já Amei”

Trilogia “Para Todos os Garotos que Já Amei”.
Créditos: Editora Intrínseca

Uma das trilogias mais populares dos últimos anos, “Para Todos os Garotos que Já Amei” foi publicado pela primeira vez em 2015, pela editora Intrínseca. Após 2018, com a popularidades dos filmes produzidos pela Netflix, Jenny Han viu seus livros ganhando mais um pico de popularidade.

Os livros contam a história de Lara Jean Song, uma garota exemplar que tem em sua posse uma caixa com cartas, escritas para todos os garotos dos quais conquistaram seu coração ao longo da vida. Tudo muda quando, por acidente, essas cartas ― secretas e extremamente pessoais ― chegam aos seus respectivos destinatários, sendo um deles o ex-namorado da irmã mais velha, Josh, e o garoto mais popular da escola, Peter Kavinsky. A trajetória de amor, decepções e evolução pessoal da protagonista é contada em uma trilogia leve e divertida.

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“Shine: Uma Chance de Brilhar”

Capa do livro “Shine: Uma Chance de Brilhar”
Créditos: Amazon

O livro “Shine: Uma Chance de Brilhar” foi escrito pela lendária idol de K-Pop Jessica Jung, inspirada em sua trajetória ao estrelato. A obra foi publicada pela editora Intrínseca em 2020 e está disponível na Bienal do Livro.

“Shine: Uma Chance de Brilhar” conta a história de Rachel Kim, uma trainee da aclamada (e rigorosa) empresa de entretenimento sul-coreana DB Entertainment, na qual passara os últimos 6 anos treinando para estrear como idol em um grupo de K-Pop. As regras eram: treine duro, seja perfeita, não namore… Ou acabe sendo expulsa. Próximo da data limite para realizar o sonho, a jovem vê sua chance e não pode falhar, assim aguentando toda a pressão, dietas e intrigas, até se apaixonar por Jason Lee, um astro procurando sua parceira para um dueto. No amor e no K-Pop, Rachel está disposta a brigar pelo próprio futuro e por sua chance de brilhar.

A saga de Rachel ainda terá duas continuações. O segundo livro da trilogia foi batizado “Bright” e foi lançado em maio. Até o momento não há previsão de lançamento de uma edição brasileira, mas a sinopse do romance pode ser lida aqui (com spoilers). Além disso, os direitos autorais de todos os romances foram adquiridos pela ACE Entertainment para ganharem versões cinematográficas.

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“Nasci Para Brilhar”

Capa do livro “Nasci Para Brilhar”
Créditos: Amazon

O romance de Lyla Lee, “Nasci Para Brilhar” foi publicado pela editora Plataforma 21 no ano de 2020, para colocar em pauta algumas discussões como gordofobia e depressão.

Mesmo após ter ouvido alguns absurdos em relação ao próprio corpo e o que conseguiria fazer, Skye continua sonhando em fazer parte do mundo do K-Pop, entendendo que precisará quebrar padrões e desafiar alguns dos pensamentos retrógrados da sociedade para chegar ao seu objetivo. Quando finalmente vê sua chance através da oportunidade de competir em um programa de TV para lançar a nova estrela de K-Pop, Skye encontra um novo mundo de performances, treinamentos e dramas, mas também situações desagradáveis dentro da indústria do K-Pop, a fama repentina e o escrutínio da mídia.

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Quais outros livros você encontrou na Bienal ou gostaria de ter visto?

Fontes: (1), (2), (3), (4), (5), (6), (7)
Imagens: Bienal do Livro e Amazon (divulgação)
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  • Bárbara Contiero

    Maria-cafeína. Tenho mais livros do que amigos. Minhas roupas são 70% de brechós. Epik High me mantém acordada de manhã.

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