Nesta terça (20), Lee Ki Sik – comissário da Administração da Forças Militares – visitou a sede da Yonhap News para uma entrevista sobre o alistamento dos membros do BTS.
Entre outros motivos, o assunto continua chamado atenção pela aproximação do aniversário de Jin. Contemplados pela apelidada “Lei BTS”, os membros do grupo puderam adiar seus alistamentos até completarem 30 anos de idade, quando os cidadãos precisam fazê-lo aos 28 anos. Porém, o mais velho do grupo chegará a essa idade em dezembro e, até então, não houve qualquer notícia sobre seu alistamento.
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No final de agosto, o Ministro da Defesa Lee Jong Sub havia anunciado a criação de uma enquete para saber a opinião popular sobre o tópico. No dia seguinte, o próprio Ministério da Defesa declarou que a enquete seria usada apenas com a finalidade de consulta, mas não seria levada em consideração na hora de decidir se os membros do grupo seriam ou não dispensados do serviço militar.
Lee foi bastante enfático em sua opinião: “O serviço militar é um dever constitucional [na Coreia do Sul] que deve ser aplicado para todos com justiça e igualdade. Este é um princípio imutável“.
Com a aproximação do limite proposto pela “Lei BTS”, alguns legisladores consideram propor novas emendas para aumentar a idade máxima para o alistamento para 33 anos ou aplicar serviços alternativos no país.
O Comissário ressaltou que as autoridades governamentais e militares devem julgar a questão com cautela e considerar outros fatores, tais como a segurança nacional e o consenso social. Porém, Lee reconhece a dificuldade ainda existente em reconhecer as conquistas de artistas do K-pop: “Quando se trata de artes de alta cultura, os artistas são avaliados por juízes confiáveis em competições, mas, quando se trata de cultura popular, os padrões são vagos. Assim como os rankings da Billboard, [os cantores] não são avaliados por juízes. Ao contrário, os resultados são baseados em quanto tempo de música as pessoas escutam ou quantos álbuns são vendidos“.
Apesar das ponderações, Lee declarou que está na hora do país modificar o programa de serviços alternativos não apenas para o BTS, mas para todos os cidadãos. Em suas palavras: “Não vejo motivo para manter o sistema como está, considerando que o Coreia está predestinada a passar por uma diminuição de recursos militares“.
Uma das causas é a contínua queda de taxas de natalidade registradas no país, o que, a longo prazo, fará com que a população mais jovem caia. Em 2020, a Coreia tinha 333.000 homens na faixa dos 20 anos. Estimativas apontam que este número deve chegar a 226.000 em 2025 e 143.000 em 2040.
Porém, Lee reforçou mais uma vez: “As conquistas do BTS são surpreendentes, mas, se formos ligar as compensações com obrigações militares, precisamos alcançar um consenso social baseado na justiça para que os jovens que se juntem às Forças Armadas não se sintam discriminados e frustrados“.
Os efeitos nas ações da HYBE
A falta de previsão de quando será tomada uma decisão final sobre o alistamento do BTS está causando uma oscilação nas ações da HYBE, empresa responsável pelo grupo. Na segunda (19), as ações registraram alta de 2,27%, finalizando uma sequência de três sessões seguidas de queda.
O efeito foi resultado da divulgação de uma enquete feita pelo Realmeter com 1018 adultos entre os dias 14 e 15 de setembro na qual 60,9% dos entrevistados disseram ser a favor de que artistas populares possam cumprir suas obrigações militares com serviços alternativos.
Com o prolongamento das discussões sobre o assunto, é esperado que as ações da empresa continuem oscilando na bolsa de valores sul-coreana.
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Fonte: (1), (2)
Imagens: Big Hit Music e Yonhap News
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