Na quarta (14), um homem foi preso acusado de matar uma funcionária do metrô no banheiro de uma estação de Seul. O suspeito foi identificado como Jeon, de 31 anos, que foi colega de trabalho da vítima antes de ser demitido quando a polícia sul-coreana iniciou uma investigação contra ele por perseguição.
Jeon foi até a estação de Sindang, onde a vítima trabalhava, e esperou por ela na frente do banheiro. Ele usou a rede intranet para acessar a escala dos funcionários da estação e saber exatamente quando ela estaria no local. A vítima chegou a ser socorrida porque uma outra mulher que também estava no banheiro pressionou o alarme de emergência do local. Mesmo tendo sido levada ao hospital, ela não resistiu e morreu.
A vítima e Jeon se conheceram quando começaram a trabalhar juntos no metrô em 2018. Em outubro do ano passado, a vítima pediu um mandado de segurança contra ele por tê-la filmado ilegalmente. Jeon chegou a ser preso, mas o Tribunal revogou o caso e o libertou.
Apesar da anulação, a vítima recebeu proteção policial durante este curto período. Como Jeon não se aproximou mais dela, não houve necessidade de prolongar o pedido.
Porém, logo após o fim da proteção, Jeon novamente voltou a contatá-la, fazendo com que ela fosse novamente à delegacia em janeiro para fazer uma nova denúncia. Por se tratar de uma reincidência, o Tribunal aceitou o caso e marcou o julgamento para o dia 15 de setembro. A Promotoria pediu 9 anos de prisão para o réu.
O crime ocorreu exatamente na véspera. Além da perseguição, Jeon também era acusado pela filmagem ilegal e ameaças. Um advogado que representaria a vítima no julgamento disse à mídia: “Um total de 350 chamadas e mensagens de texto foram enviadas pelo homem de novembro de 2019, quando a vítima o processou pela primeira vez, até outubro do ano passado“.
Nesta sexta (16), Jeon foi levado até o Tribunal Central do Distrito de Seul para prestar depoimento. Ao chegar no local, ele não falou com a imprensa que o esperava. O depoimento durou cerca de meia hora e, na saída, repórteres perguntaram se ele tinha algo para dizer à vítima. Suas palavras foram: “Sinto muito“.
Além de decidir sobre a expedição do mandado de prisão contra Jeon, a justiça também considera divulgar publicamente a sua identidade. No momento, todas as fotos tiradas dele estão sendo publicadas com seu rosto borrado e ele está sendo identificado apenas pelo sobrenome.
Fonte: (1), (2)
Imagem: Yonhap
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