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Justiça

Suspeito de dois assassinatos pode pegar prisão perpétua

Nesta quarta (04), a Polícia sul-coreana encaminhou o caso de Lee Ki Young para a Promotoria. Lee tem 31 anos e é acusado, entre outros crimes, de roubo seguido de morte, que pode ser punido com prisão perpétua e até mesmo pena de morte.

Segundo a lei, assassinatos motivados por roubos possuem punições ainda mais severas que homicídios, cujas penas são de, no mínimo, sete anos. No caso de Lee, também há outras acusações que incluem ocultação de cadáver, fraude e crimes financeiros.

Lee também não é réu primário. Seus registros criminais incluem um delito por direção sob efeito de álcool e duas prisões.

Agora, ele é investigado pelo assassinato de duas pessoas. O primeiro deles ocorreu em agosto. A vítima foi uma mulher de cerca de 50 anos que era sua ex-namorada e dona da casa onde ele morava. O corpo da mulher não foi encontrado até hoje e, recentemente, Lee mudou o seu depoimento à polícia e disse ter enterrado o corpo ao invés de ter abandonado em um riacho, como tinha confessado anteriormente. O acusado também roubou o cartão de crédito da vítima e estava usando-o desde então.

A segunda vítima foi um taxista de cerca de 60 anos. No dia 20 de dezembro, Lee colidiu com o táxi da vítima enquanto dirigia embriagado. Os dois fizeram um acordo e Lee o atraiu até sua casa dizendo que lhe daria a quantia para pagar o prejuízo causado pelo acidente. Ao chegar ao local, Lee o golpeou até a morte e escondeu o corpo em um armário. Após isso, ele também roubou o cartão de crédito e chegou a fazer um empréstimo no nome da vítima.

No dia 25 de dezembro, a atual namorada do acusado encontrou o corpo e chamou a polícia. Lee foi preso no mesmo dia. Além das duas mortes, a fraude praticada com os cartões das vítimas somam 70 milhões de wones (quase R$ 300 mil).

A Polícia segue em busca do corpo da primeira vítima e chegou a levantar suspeita de que Lee pudesse ser um assassino em série após descobrir traços de DNA de três mulheres e um homem em sua residência. O acusado, porém, negou tudo e disse ter matado apenas a ex-namorada e o taxista.

Detido desde o dia de Natal, Lee falou rapidamente com os repórteres que estavam na porta da Delegacia de Ilsan Dongbu e disse “sentir muito pelos assassinatos”.


O debate sobre revelação de fotos de suspeitos

A gravidade dos crimes cometidos por Lee reacendeu mais uma vez os debates sobre a revelação pública das identidades de suspeitos. Anteriormente, a polícia já havia revelado o nome, idade e a foto da identidade de Lee.

Foto de Lee Ki Young revelada pela polícia sul-coreana.
Créditos: Delegacia de Gyeonggi Bukbu

Porém, a mídia alegou que Lee parece diferente da foto revelada. Além disso, em sua primeira aparição pública após a prisão ele estava cobrindo seu rosto com uma máscara e um capuz.

O Ministério da Justiça diz que, de acordo com a sua interpretação da lei em vigor, a revelação de fotos de acusados de crimes depende da autorização do suspeito. Porém, até hoje, apenas um homem autorizou a divulgação da sua. Em setembro, o acusado pelo assassinato de uma funcionária do metrô de Seul teve a sua foto e nomes revelados.

Na terça (03), o Deputado Song Eon Seog propôs uma revisão da lei para que apenas fossem divulgadas fotos tiradas em, no máximo, 30 dias. Tal proposta visa divulgar imagens mais fáceis de identificar os suspeitos. No mesmo dia, o Deputado Ahn Gyu Back fez outra proposta para limitar a quantidade de fotos reveladas apenas para aquelas que possam ser reconhecidas pelo público.


A pena de morte na Coreia do Sul

Apesar de constar no Código Penal do país, a última execução de prisioneiros condenados à pena de morte na Coreia do Sul ocorreu em 30 de dezembro de 1997, quando 23 foram enforcados.

Devido ao longo período sem execuções, o país está em constante debate se a punição deve permanecer na lei ou simplesmente ser abolida.

Os últimos debates sobre o assunto ocorreram no ano passado e seguem sem decisão final.

Fonte: (1), (2)
Imagens: Yonhap e Delegacia de Gyeonggi Bukbu
Não retirar sem os devidos créditos.

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Greyce Oliveira

Cearense de Fortaleza, é metade uma humana normal professora de Inglês e metade ELF(a) precisando (talvez) de tratamento para parar de falar no Super Junior toda hora.

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