Reza a lenda que Robin Hood foi um ladrão que roubava dos ricos para dar aos pobres durante o reinado de Ricardo I. Apesar de sua existência não poder ser 100% comprovada, a história o transformou em protagonista de diversas produções.
Eis que a Coreia do Sul tem o seu equivalente, ou quase isso. Porém, ao contrário do lendário, o personagem real aqui não teve tanta sorte nas suas escapadas e seu nome é bastante divulgado.
Cho Se Hyeong ficou conhecido nas décadas de 1970 e 80 como o “Grande Ladrão” por sua tendência de roubar pessoas ricas e poderosas. Parte da quantia que roubava era, como você já deve ter adivinhado pelo título e introdução, usada para fins beneficentes.
Após ser preso diversas vezes nos anos 70, Cho recebeu uma sentença de 15 anos de prisão em 1982 por assaltar casas de pessoas ricas, incluindo autoridades do país. Ao ser libertado, Cho afirmou que havia mudado de vida e começou a atuar como missionário além de arrumar um emprego como conselheiro em uma empresa de segurança.
Porém, em 2001 ele foi novamente capturado arrombando uma casa em Tóquio. Cho também foi preso por roubo nos anos de 2005, 2013, 2015 e 2019. No meio disso, em 2010, também houve uma prisão, mas por vendas de bens roubados.
Em janeiro de 2022, Cho foi detido por roubar itens preciosos cujos valores somados ultrapassavam 27 milhões de wones (mais de R$105 mil) de uma casa em Yongin, localizada a 40 quilômetros ao sul de Seul. Curiosamente, ele havia sido libertado da sua última sentença apenas um mês antes.
Inicialmente, Cho foi condenado a dois anos de prisão, mas o tribunal de apelação diminuiu a sentença para um ano e meio considerando sua idade, condição de saúde e circunstâncias. Cho ainda chegou a apelar da nova sentença, mas a Suprema Corte sul-coreana ignorou seu pedido e finalizou o caso neste sábado (25).
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