Assim como o Brasil tem Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a Coreia do Sul também tem um Santo padroeiro. Vamos conhecer hoje a história do Santo Andrew Kim Taegon.
A história de Andrew Kim Taegon se mistura à história do catolicismo na Coreia do Sul, introduzido oficialmente no país no final do século XVIII.
Filho de uma tradicional família da Dinastia Joseon, Kim Taegon viu seu pai se tornar um mártir por praticar o catolicismo. Após seu batismo aos 15 anos, Kim Taegon se mudou para Macau (colônia portuguesa que hoje pertence à China) para estudar em um seminário.
Durante seus anos como seminarista, Kim Taegon passou por diversas cidades asiáticas antes de ser ordenado padre em Xangai (na China) em 1844. Após sua ordenação, o agora Padre Andrew Kim Taegon retornou à Coreia do Sul para seguir sua missão como evangelizador.
Porém, o catolicismo era uma religião proibida durante a Dinastia Joseon. Seus praticantes precisavam esconder sua fé para evitar perseguições e execuções. Nessa época, milhares de católicos foram executados e o Padre Andrew Kim Taegon foi um deles.
Em 1846, com apenas 25 anos, o jovem padre foi torturado e decapitado às margens do Rio Han, próximo à atual cidade de Seul. Sua morte comoveu a comunidade católica na Ásia, já que Kim Taegon foi o primeiro cidadão coreano a ser ordenado padre.
Sua importância para a expansão do Catolicismo na Coreia do Sul foi reconhecida pela Igreja Católica mais de um século após sua morte. O Padre Andrew Kim Taegon foi canonizado em 06 de maio de 1984 pelo então Papa João Paulo II. Junto com Kim Taegon, outros 102 mártires foram canonizados durante a passagem do Papa pelo país.
A história de Santo Andrew Kim Taegon, que tem seu dia celebrado pelos devotos em 20 de setembro, já foi retratada no longa A Birth. Dirigido por Park Heung Sik e com nomes como Yoon Shi Yoon, Ahn Sung Ki, Yoon Gyung Ho e Lee Moon Shik no elenco, o filme foi lançado em novembro de 2022.
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