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Sociedade

Polícia revela novas informações sobre morte de professora enquanto protestos se intensificam na Coreia do Sul

[AVISO DE GATILHO] O texto a seguir contém termos sensíveis que podem servir de gatilho. Recomendamos cautela ao prosseguir a leitura.

O caso da professora que tirou a própria vida em sala de aula segue gerando protestos e discussões na Coreia do Sul. A identidade da jovem de 23 anos não foi divulgada para respeitar sua privacidade e de seus familiares, mas os depoimentos de seus colegas de profissão e a investigação da polícia revelaram que a realidade enfrentada pela professora falecida não apenas é mais comum como também mais cruel do que se imagina.

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Nesta segunda (31), a Agência de Polícia Metropolitana de Seul organizou uma coletiva de imprensa para divulgar atualizações da investigação. Segundo o porta-voz, tudo começou no dia 12 de julho com o apelidado “incidente do lápis” quando um aluno da professora arranhou a testa de um colega com um lápis.

Foram encontradas diversas chamadas de telefone entre a professora e os pais do aluno envolvido no incidente entre os dias 12 e 18, data do falecimento da professora. A União dos Professores de Seul afirma que a constante perturbação dos pais foi o que levou a professora a tirar sua própria vida.

Familiares da professora, que anteriormente já haviam divulgado o diário onde ela desabafava sobre as dificuldades que enfrentava em sua profissão, criticaram a decisão anterior da polícia de tentar esconder o fato dizendo que o suicídio foi por “questões pessoais”. A escola onde a professora trabalhava também já havia negado que ela tivesse prestado contas sobre casos de bullying.

A professora já havia pedido três sessões de aconselhamento apenas em julho, duas dessas foram relacionadas ao incidente do lápis. O caso foi discutido pela primeira vez em 13 de julho, apenas um dia após o caso ter ocorrido. Após isso, ela pediu uma nova sessão na qual revelou que os pais do aluno machucado no caso haviam ligado para ela múltiplas vezes. Na ocasião, ela contou que estava surpresa e aterrorizada com a quantidade de ligações.

Este era apenas o segundo ano da professora atuando no Ensino Fundamental e, entre maio de 2022 e este mês, ela participou de dez sessões de aconselhamento na escola onde trabalhava. Oito destas foram apenas em 2023.

A polícia continuará as investigações analisando as imagens do circuito interno da escola e os equipamentos pessoais da professora, incluindo o seu celular. Na última terça (25), o Ministério da Educação também abriu uma investigação junto ao Escritório Metropolitano de Educação de Seul e o Escritório de Educação do Distrito de Seul Gangnam Seocho. A força-tarefa será estendida até a sexta (04) para ouvir professores e refletir suas queixas em medidas para proteger a autoridade dos educadores em sala de aula.

No sábado (29), 30 mil professores se reuniram em um protesto no distrito de Jongno. O primeiro destes ocorrido no dia 23, reuniu cerca de 5 mil educadores. Eles pedem um ambiente educacional mais seguro e proteção de suas autoridade em sala.

Se você precisa ou conhece alguém que precise de ajuda, procure o CVV. O CVV realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. Ligue 188 ou acesse www.cvv.org.br

Fonte: (1)
Imagem: Rose Hills
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Greyce Oliveira

Cearense de Fortaleza, é metade uma humana normal professora de Inglês e metade ELF(a) precisando (talvez) de tratamento para parar de falar no Super Junior toda hora.

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