Nesta terça (09), a Assembleia Nacional sul-coreana aprovou uma lei especial proibindo a matança e distribuição de carne canina no país. O texto foi aprovado com 208 votos a favor, nenhum voto contra e apenas duas abstenções.
O próximo passo agora é ser aprovada pelo Presidente Yoon Suk Yeol. Tanto o Presidente quanto a primeira-dama Kim Keon Hee já demonstravam sua posição favorável pelo fim deste hábito desde a época das eleições.
O texto da nova lei impõe:
- Multa de até 30 milhões de wones (mais de R$ 110 mil) ou até três anos de prisão para fazendeiros ou açougueiros que forem flagrados matando cachorros para consumo;
- Multa de até 20 milhões de wones (mais de R$ 74 mil) ou até dois anos de prisão para quem for pego criando, reproduzindo ou distribuindo cachorros para consumo.
Apesar das punições severas para os produtores, a lei não prevê nenhum tipo de punição para consumidores. Mesmo assim, o consumo de carne canina tem diminuído no país e até mesmo ganhado um status negativo pela população, especialmente entre os mais jovens.
No ano passado, produtores e fazendeiros fizeram uma série de protestos pedindo que o governo não proibisse o consumo de carne canina alegando que isso fere “o direito das pessoas de escolherem o que comer”.
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Após a aprovação da lei, produtores e donos de restaurantes terão um período de 3 anos para desativarem seus negócios. Subsídios os ajudarão a migrar para outras áreas e todos serão obrigados a registrar seus novos negócios para que as autoridades possam acompanhar o progresso das mudanças. Com isso, as punições previstas na lei só serão aplicadas a partir do início de 2027.
Segundo estatísticas reveladas no ano passado, a Coreia ainda tinha cerca de 1.150 fazendas de cachorros. A carne canina é o ingrediente principal do boshintang, uma sopa ainda popular entre as gerações mais velhas especialmente durante os meses de verão.
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Imagem: Jean Chung (via HSI)
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