Nesta quinta (04), o Ministério de Assuntos Patriotas e Veteranos sul-coreano anunciou que planeja repatriar os restos mortais de dois ativistas pela independência do país que estão enterrados no Brasil. A ação ocorre no mesmo ano em que a Coreia do Sul celebra o 80º aniversário do fim do domínio japonês no país.
Kim Ki Ju e Han Ung Kyu foram membros do Exército de Libertação da Coreia, tendo se juntado às forças revolucionárias após escaparem do exército japonês.
Após ajudar na conquista pela independência, Kim estudou na Academia Militar Coreana e participou de diversas batalhas na Guerra da Coreia, que durou de 1950 a 1953. Como reconhecimento pelos seus serviços, ele recebeu a Medalha Chungmu, maior honraria militar das forças militares sul-coreanas. Kim imigrou para o Brasil em 1971 e faleceu em 2013.
Enquanto estava no Exército de Libertação da Coreia, Han foi responsável pelo setor de inteligência e por recrutar soldados coreanos que estavam lutando do lado japonês. Em 1972, ele emigrou para o Brasil, onde faleceu em 2003.
Em março, oficiais do Ministério vieram ao Brasil para visitar as famílias dos soldados que expressaram suas vontades de repatriar os restos mortais para a terra natal. Além deles, outros guerreiros também podem passar pelo mesmo processo no futuro.
Kim Jae Eun, Won Dae Sung e Jung Sung Jang estão enterrados nos Estados Unidos e tiveram suas lápides visitadas pelas autoridades. As famílias de Kim e Jung foram informadas sobre os procedimentos de repatriação.
Já Chang Duk Ky, que também foi membro do Exército de Libertação da Coreia e está enterrado na Argentina, permanecerá onde está. Seu túmulo será mantido por sua família e pela Associação dos Veteranos Coreanos na Argentina.
A grande e complexa operação de repatriar os restos mortais daqueles que lutaram pela independência da Coreia foi iniciada no início dos anos 1990 e já trouxe de volta os corpos de 148 guerreiros de nove países.
Um deles foi Hwang Ki Hwan, cuja história foi inspiração para o k-drama Mr. Sunshine. Hwang retornou à Coreia mais de 100 anos após sua morte e foi recebido com honras.
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Fonte: (1)
Imagens: Yonhap
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