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Justiça

Son Woong Jung, pai de Son Heung Min, e outros dois treinadores são acusados de agressão

Na quarta-feira (26), a Yonhap noticiou que Son Woong Jung, pai do astro de futebol Son Heung Min, e dois dos treinadores de sua academia de futebol foram acusados ​​de abusar verbal e fisicamente de um jovem atleta.

Son Woong Jung dirige a Son Football Academy em Chuncheon, Gangwon, 76 quilômetros a nordeste de Seul. Ele e outros dois treinadores são acusados ​​de abusar verbalmente punir fisicamente um jogador durante um campo de treinamento de futebol em Okinawa, Japão, em março.

Os pais do jogador denunciaram Son e os dois treinadores à polícia em março, após encontrarem um hematoma na coxa do filho. A Delegacia de Gangwon encaminhou o caso à promotoria em abril, mas a história só foi divulgada pelo da Yonhap nesta semana.

Segundo o relatório, os pais alegaram que um treinador atingiu seu filho na coxa com uma bandeira de escanteio no dia 9 de março, o que acarretou em uma lesão que exigiu duas semanas de tratamento. O jovem contou que o treinador forçou os jogadores a correr do gol até a linha do meio-campo em 20 segundos depois terem perdido uma partida. E por ele e outros três jogadores não conseguirem chegar a tempo, foram forçados a fazer flexões e foram atingidos na parte inferior de seus corpos (nádegas).

Ele também acusou Son de abusar verbalmente dele por erros durante os treinos e contou que um segundo treinador bateu em diferentes partes de seu corpo enquanto estava no dormitório dos jogadores da academia.

Após finalizarem as investigações, a Delegacia de Gangwon encaminhou o caso à promotoria em abril.

O pai do jogador disse à Yonhap que estava “muito decepcionado” por seu filho sido abusado e contou que sente raiva ao pensar em como seu filho deve ter ficado assustado e que decidiu “denunciar o caso à polícia porque não queria ver outro caso como este”.

Son enviou um comunicado para a Yonhap e pediu desculpas ao jogador e sua família, mas negou as acusações de abuso contra ele e seus treinadores, dizendo que o “incidente não foi um castigo corporal, mas um evento mutuamente acordado como parte do treinamento físico”. O jogador ficou em último lugar em uma corrida, disse ele, e deveria levar “uma pancada” na coxa.

Segundo ele: “Juro que os treinadores da minha academia nunca se envolveram em nenhuma ação que não fosse baseada no amor pelos nossos jovens jogadores. Muito do que o reclamante disse não é verdade e nós, na academia, estamos cooperando plenamente com as autoridades durante esta investigação, sem distorcer ou encobrir os fatos“.

Son Woong Jung também disse que tentou resolver o assunto amigavelmente, mas foi incapaz porque os pais do jogador exigiram um acordo de “centenas de milhões de wones” e a academia não pôde aceitar isso. “Atualmente estamos aguardando um julgamento legal justo baseado em fatos”, acrescentou ele no comunicado.

O treinador reconheceu que os seus métodos de treinamento não seguiram os novos padrões relativos aos direitos humanos dos jogadores: “Admito que segui meus próprios caminhos sem reconhecer os padrões estabelecidos pela mudança dos tempos. Vou buscar outras formas que possam ajudar os jovens atletas a se concentrarem em campo e a permanecerem comprometidos com os treinos“.

Ryu Jae Yool, advogado que representa o jogador, respondeu à Yonhap que Son Woong Jung está tentando retratar a si mesmo e a seus treinadores como inocentes e fazer com que os demandantes pareçam gananciosos por exigirem uma grande quantia em dinheiro no acordo.

Nas palavras do advogado: “Os pais mencionaram o valor das taxas de liquidação por raiva e não houve nenhuma conversa séria sobre quanto dinheiro deveria ser pago. Este não foi um incidente único que eles levaram à polícia. O jogador passou um tempo longe dos pais e sofreu abusos persistentes. Ele deu um passo corajoso ao levar isso adiante“.

Son Woong Jung é também um ex-jogador que atuou como atacante do Sangmu FC, Hyundai Horang-i e Ithwa Chunma ao longo de uma carreira de cinco anos, antes de se aposentar devido a uma lesão. Ele também foi selecionado para a seleção B de futebol da Coreia do Sul em 1987.

Nos últimos anos, o treinador tem desfrutado de cada vez mais destaque no futebol coreano devido ao papel que desempenhou no desenvolvimento e na carreira de seu filho, um dos maiores jogadores da história do futebol coreano. Seu estilo de ensino disciplinador gerou grande interesse da mídia na Coreia e no exterior e recebeu elogios e críticas por exigir que Son Heung Min treinasse seis horas por dia, todos os dias, durante sua infância. Son se tornou o primeiro jogador asiático a ganhar a Chuteira de Ouro da Premier League, o campeonato da liga inglesa, como artilheiro em 2022 e em 2023 foi o primeiro jogador asiático a marcar 100 gols no torneio.

Fonte: (1), (2), (3)
Imagem: JOONGANG ILBO, Suo Books
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