No sábado (14), a Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou a destituição do presidente Yoon Suk Yeol, 11 dias após sua declaração de lei marcial.
A votação da segunda moção foi aceita por 204 votos a favor, 85 contra, três abstenções e oito votos inválidos.
A aprovação da moção de impeachment aconteceu após um intenso debate e divisões internas no Partido do Poder Popular (PPP), que oficialmente se opôs à remoção do presidente. No entanto, ao menos 12 membros do PPP quebraram a linha partidária e votaram a favor do impeachment.
Após a aprovação da moção, os poderes de Yoon foram suspensos até a decisão final do Tribunal Constitucional, que determinará a validade do impeachment.
Enquanto isso, o primeiro-ministro Han Duck Soo assumiu interinamente o cargo de presidente, ressaltando a necessidade de manter a estabilidade política e a continuidade dos serviços essenciais no país.
A oposição, liderada pelo Partido Democrático da Coreia (DPK), comemorou a destituição de Yoon, considerando-a uma vitória para a democracia sul-coreana. O líder do DPK, Park Chan Dae, afirmou que a remoção de Yoon seria o primeiro passo para resolver a crise política no país e garantiu que o partido continuaria a pressionar por uma investigação profunda sobre os eventos relacionados à lei marcial.
Yoon, em sua defesa, afirmou que continuaria a lutar contra as acusações, ressaltando que sua intenção era proteger o país e manter a ordem em face de ameaças internas. Em um discurso gravado, ele expressou determinação em continuar seu trabalho até o fim, apesar das críticas e da suspensão de seus poderes presidenciais.
Este impeachment marca o terceiro caso histórico de destituição de um presidente na Coreia do Sul, após os casos de Roh Moo Hyun em 2004 e Park Geun Hye em 2016.
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Imagem: Yonhap
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