A Agência de Notícias Yonhap informou na última quarta-feira (21) que o pai e o irmão mais velho do jogador de futebol Son Heung Min foram suspensos e não podem participar de jogos após serem condenados por abuso infantil contra jovens jogadores de futebol em treinamento.
Son Woong-jung, diretor da Academia de Futebol SON e pai de Son Heung-min, recebeu uma suspensão de três meses da associação regional de futebol após sua condenação por abuso infantil envolvendo jovens jogadores.
Com a suspensão, Son Woong-jung não poderá participar de nenhum jogo organizado pelo Conselho de Esportes da Coreia do Sul ou suas afiliadas.
O Comitê de Justiça Esportiva da Associação de Futebol da Província Autônoma Especial de Gangwon emitiu a proibição como medida complementar, com base nas conclusões do Centro de Ética Esportiva do Ministério da Cultura, Esportes e Turismo sul-coreano.
Além de Son Woong-jung, um técnico da academia também recebeu uma suspensão de três meses.
Son Heung-yun, técnico da academia e irmão mais velho de Son Heung Min, recebeu uma suspensão de seis meses. O comitê reconheceu sua conduta violenta, mas afirmou que o incidente pareceu ser um “ato impulsivo com circunstâncias atenuantes excepcionais”.
O advogado Ryu Jae-yul, que representa a vítima, entrou com um pedido de reavaliação do caso, afirmando que “o abuso ocorreu diversas vezes, portanto não pode ser visto como meramente impulsivo“.
Son Woong-jung e os outros dois também apelaram das medidas disciplinares.
Normalmente, os efeitos disciplinares são suspensos durante o período de análise do recurso. Em casos que envolvam violência ou violações de direitos humanos, no entanto, as suspensões permanecem em vigor. O trio de treinadores está, portanto, impedido de participar de todos os eventos organizados pelo Conselho de Esportes da Coreia do Sul e suas afiliadas enquanto a análise estiver em andamento.
Em fevereiro, o Centro de Ética Esportiva concluiu uma investigação sobre relatos de abuso na Academia de Futebol SON. A investigação confirmou os atos de violência cometidos pelos três indivíduos e solicitou ao Ministério da Cultura, Esportes e Turismo que ordenasse ao Conselho de Esportes da Coreia que tomasse medidas disciplinares.
Em outubro passado, o Tribunal Distrital de Chuncheon emitiu julgamentos sumários contra os três, multando cada um em 3 milhões de wons e ordenando que completassem 40 horas de programas de tratamento de abuso infantil por violarem a Lei de Bem-Estar Infantil.
Durante um treinamento em Okinawa, Japão, em março de 2024, Son Heung-yun atingiu a coxa de um jovem jogador com um mastro de bandeira de canto, causando ferimentos que exigiram duas semanas de tratamento, de acordo com os representantes da vítima.
O ataque ocorreu após o jogador perder uma partida. Son Heung-yun ordenou que a criança corresse da trave até a linha central em 20 segundos. Como não conseguiu, a criança foi obrigada a deitar de bruços e foi atingida pelo mastro.
Son Woong-jung teria abusado verbalmente do jogador durante treinos básicos no mesmo acampamento. O terceiro treinador, que não faz parte da família Son, teria agredido o jogador diversas vezes nas nádegas e panturrilhas no dormitório da academia, além de ter puxado suas costeletas e batido na cabeça da criança.
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Imagens: NEWS1, YONHAP, Xportsnews
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