[AVISO DE GATILHO] O texto a seguir contém termos sensíveis que podem servir de gatilho. Recomendamos cautela ao prosseguir a leitura.
Na quarta (12), o ex-idol Kauan Okamoto participou de uma coletiva de imprensa na qual acusou Johnny Kitagawa, ex-CEO da Johnny and Associates, de assédio e abuso sexual.
Okamoto é nipo-brasileiro e foi membro do Johnny’s Jr, como são chamados os trainees da Johnny and Associates que ainda não fizeram seu debut oficial. Mais tarde, em 2017, ele promoveu com o grupo ANTIME, mas a carreira do grupo durou pouco e o disband foi anunciado em 2018. Ele, então, passou a promover de forma independente como cantor solo e compositor.
Segundo Okamoto, Kitagawa o molestou entre 15 e 20 vezes durante os quatro anos em que esteve na Johnny and Associates. O cantor hoje tem 26 anos de idade, mas sua entrada na agência ocorreu quando ele tinha apenas 15.
No primeiro dos abusos, Kitagawa teria ido até à cama de Okamoto, tocado em seus órgãos genitais e feito sexo oral nele. No dia seguinte, o então CEO deu 10000 ienes (cerca de R$ 370) para o trainee sem informar o motivo.
Kitagawa faleceu em 2019 após sofrer um derrame cerebral, mas as denúncias sobre abusos cometidos por ele existem desde 1999. Naquele ano, a revista japonesa Shukan Bunshun publicou uma série de matérias baseadas em diversas acusações de ex-trainees da Johnny and Associates.
Em 2000, a agência processou a revista por difamação, mas o Supremo Tribunal de Tóquio considerou que as denúncias dos ex-trainees eram verídicas e deu ganho de causa à publicação. Apesar disso, Kitagawa nunca respondeu criminalmente pelas denúncias.
Na coletiva, Okamoto disse acreditar que a maioria dos 100 ou 200 trainees que passaram pela Johnny and Associates tenham sido vítimas de Kitagawa. Nas palavras dele: “Espero que as outras vítimas também se manifestem, todas elas. Também quero que a alta cúpula da agência e o próprio Johnny se ele ainda estivesse aqui hoje, reconheçam o que aconteceu e certifiquem-se que isso nunca mais se repita“.
Antes da coletiva com Okamoto, as controvérsias em torno de Kitagawa e da Johnny and Associates voltaram à tona graças a um documentário produzido pela filial japonesa da BBC. O conteúdo foi postado na íntegra no canal da emissora no YouTube no último dia 6:
Por último, a TK7 se manifestou em defesa do seu artista por meio de uma nota postada em suas redes sociais:
Fonte: (1), (2), (3), (4)
Imagem: AFP-JIJI
Não retirar sem os devidos créditos.