No dia 5 de maio é celebrado o Dia das Crianças na Coreia do Sul. A data foi criada nos anos 1920 quando estudantes começaram a chamar a atenção da sociedade para suas situações e exigirem melhorias na sua qualidade de vida. O dia virou um feriado nacional desde a década de 1970.
Inicialmente, a data escolhida foi o dia 1º de maio, mas foi mudada para o dia 5 para evitar colisão com o feriado do Dia do Trabalho. Além disso, a simetria de 5/5 também seria uma forma de facilitar com que fosse lembrada.
Para celebrar a data, o Presidente Yoon Suk Yeol convidou 320 crianças para a Casa Azul – antiga sede presidencial – onde desfrutaram de um dia de atividades e brincadeiras. Dentre as crianças escolhidas haviam habitantes de ilhas remotas, menores sob o cuidado de instituições de adoção, filhos de mães/pais solo e também as de família multiculturais. As atividades foram desenvolvidas para incluir também crianças com deficiência e portadores de deficiência visual.
Na ocasião, o Presidente Yoon agradeceu a todos os pais, professores e funcionários que cuidam das crianças com amor e dedicação. Além disso, prometeu criar um ambiente acolhedor onde todas e cada uma de nossas crianças possam receber educação, saúde e serviços de cuidados.
A Prefeitura de Seul já se antecipou e anunciou na quarta (03) uma medida prometendo investir mais de 400 bilhões de wones (cerca de R$ 1.5 bilhão) até 2026 para melhorar a qualidade de vida das crianças. O orçamento visa:
- aumentar o tempo de lazer;
- espalhar a cultura de respeito aos direitos das crianças;
- ajudar as crianças a escolherem suas futuras profissões;
- combater a desigualdade digital entre crianças;
- garantir a segurança das crianças contra acidentes de trânsito e violência doméstica;
- combater a depressão infantil;
- treinar os profissionais de instituições de cuidado infantil.
O Prefeito Oh Se Hoon declarou: “A Coreia é um dos países com menor índice de satisfação infantil. O tempo de lazer das crianças caiu drasticamente e mais crianças aqui estão ficando estressadas e deprimidas. Por isso, estamos tentando encontrar quais políticas devem ser implantadas para fazer mais crianças felizes“.
A fala do prefeito não foi à toa. Uma pesquisa do Instituto Coreano de Desenvolvimento Educacional revelada também na quarta (03) indicou que 3 em cada 10 crianças tiveram problemas psicológicos durante a pandemia da COVID-19.
A pesquisa foi feita com 26.332 estudantes de diferentes níveis de ensino entre 20 de junho e 22 de julho de 2022. O objetivo era entender quais mudanças psicológicas os estudantes sofreram durante a pandemia.
Os resultados mostraram que 29% dos entrevistados alegaram ter sofrido de depressão, ansiedade e estresse durante o período. Dentre estes, 57% disseram não ter pedido ajuda apesar das dificuldades psicológicas que enfrentavam.
Ao conversarem com professores, os pesquisadores também descobriram que 95% destes perceberam um aumento do número de alunos com habilidade de concentração. Outros 91,4% observaram que os alunos estavam tendo dificuldades em controlar suas emoções e impulsos e 91% disseram perceber que os alunos estavam letárgicos.
Os pesquisadores declararam que: “Para resolver os problemas psicológicos e emocionais dos alunos, é necessária a cooperação dos pais e familiares. Precisamos procurar maneiras de fortalecer as relações entre os círculos sociais dos alunos“. A recomendação é que professores e pais recebam treinamento para aprenderem métodos de aconselhamento.
Fonte: (1), (2), (3), (4)
Imagem: Yonhap
Não retirar sem os devidos créditos.