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Justiça

“Crianças fantasmas”: polícia confirma falecimento de 12 bebês sem registros

Nesta terça (04), a Agência Nacional de Polícia sul-coreana informou que atualmente está investigando 193 casos das chamadas “crianças fantasmas”. O termo está sendo usado para se referir aos bebês registrados nos hospitais após o nascimento, mas que não possuem nenhum registro junto às autoridades locais.

Entre 2015 e 2022, foram identificados 2.236 casos com estas características. Ou seja, os 193 atualmente em investigação não chegam sequer a 10% do total. Porém, os números podem aumentar a medida que novas denúncias são recebidas. A polícia informou ter recebido dados de 209 casos até esta terça.

Até o momento, o paradeiro de 20 bebês já foram encontrados, com 9 destes sendo cuidados de forma apropriada. Os outros 11 casos foram encerrados, com 7 destes sem nenhuma comprovação de fraude. Por outro lado, 12 bebês entre os 209 já foram confirmados como mortos até o momento.

Dentre as 12 mortes, 5 estão sendo investigadas pela Delegacia de Gyeonggi Nambu. Os outros sete casos suspeitos já foram encerrados sem indícios suspeitos. Agora, os policiais planejam acelerar as investigações para localizarem outros 177 bebês sem registros enquanto o número de denúncias não param de chegar. A Delegacia de Gyeonggi Bukbu também abriu investigação em 7 casos.

Na capital Seul, a polícia se uniu às prefeituras para formar uma força-tarefa para analisar os casos de bebês não registrados. Até esta terça, 38 casos já foram identificados e serão identificados por suspeitas de abandono, abuso ou negligência.

Uma mulher de Busan está sendo investigada por ter abandonado seu filho recém-nascido nas proximidades da sua casa. Porém, a mãe não será indicada porque o crime foi cometido em fevereiro de 2015 e o período de sete anos para crimes de abandono de corpo já expirou.

Desde o mês passado, o país tem visto casos frequentes de assassinatos de bebês. O mais chocante deles foi a mãe que matou dois bebês – nascidos em 2018 e 2019 – e escondeu os corpos dentro de um refrigerador. Ela foi indiciada por assassinato para que possa pegar uma pena mais severa que a prevista pela acusação de infanticídio.

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Autoridades procuram soluções

Na última sexta (30), a Assembleia Nacional aprovou com ampla maioria um projeto de lei para exigir que hospitais comuniquem o número de bebês nascidos às autoridades locais em até 14 dias após o parto. Foram 266 votos a favor e apenas uma abstenção.

Com a mudança, hospitais e quaisquer outras instituições de saúde deverão notificar o governo sobre nascimentos através Serviço de Revisão e Avaliação de Planos de Saúde. Apesar disso, os pais ainda deverão registrar os recém-nascidos junto à prefeitura em até um mês.

Caso o bebê não seja registrado no prazo estipulado, as autoridades locais notificarão o responsável – seja a mãe ou o pai – para que isso seja feito em até 7 dias.

Na lei em vigor até então, os registros de partos feitos pelos hospitais não precisam ser repassados às autoridades. Foi exatamente a diferença entre o número de partos e o de registros nas prefeituras que iniciou o grande número de crimes contra bebês sendo revelados nos últimos dias.

Fonte: (1), (2)
Imagem: 123rf
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Greyce Oliveira

Cearense de Fortaleza, é metade uma humana normal professora de Inglês e metade ELF(a) precisando (talvez) de tratamento para parar de falar no Super Junior toda hora.

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