Nesta quinta-feira (26), o Ministério da Justiça da Coreia do Sul anunciou a introdução de novas modalidades de visto para recrutar e reter talentos estrangeiros.
Com o objetivo de recrutar cerca de 10 mil especialistas estrangeiros nos próximos cinco anos, a partir do primeiro trimestre de 2025 o governo sul-coreano planeja introduzir novos vistos de “nível superior” para estrangeiros que estudaram e trabalharam em universidades e institutos de renome mundial em campos de alta tecnologia, como IA, tecnologia quântica e aeroespacial.
O Ministério da Justiça disse que coordenará com ministérios relacionados, como o Ministério do Comércio, Indústria e Energia e o Ministério das Pequenas e Médias Empresas e Startups, para estabelecer o novo esquema de visto de primeira linha e fornecer benefícios para os portadores de visto e suas famílias.
Estrangeiros que buscam estudos de pós-graduação na Coreia do Sul e aqueles que possuem vistos profissionais E-1 a E-7 terão requisitos mais flexíveis para seus cônjuges residirem no país.
Atualmente, o número de estrangeiros na Coreia do Sul representa quase 5% da população, ou 2,61 milhões de pessoas, um número que deve ultrapassar 3 milhões nos próximos cinco anos. Dos 2,61 milhões de estrangeiros, cerca de 75%, ou 1,96 milhão, residem no país há mais de 90 dias. O número de trabalhadores estrangeiros com vistos do tipo E atingiu o pico de 453.000 em julho deste ano, ante 322.000 em 2022 e 291.000 em 2021.
Uma nova categoria de visto também será introduzida especificamente para jovens de países que participaram da Guerra da Coreia de 1950-1953 e para grandes nações parceiras econômicas em indústrias como semicondutores e automóveis. O visto permitirá que eles trabalhem na Coreia, mesmo que inicialmente entrem no país para programas de idiomas. O governo pretende lançar esse visto até o segundo trimestre de 2025.
Até o final deste ano, os estrangeiros formados no ensino médio, incluindo imigrantes de segunda geração, serão elegíveis para converter seus vistos para vistos de emprego, como vistos de busca de emprego D-10 ou vistos E-7 para ocupações específicas. Atualmente, eles são elegíveis para tais vistos apenas se frequentarem a universidade após o ensino médio.
Além disso, a validade do visto D-10 será estendida de dois para três anos. Os períodos de estágio em empresas onde os formados no ensino médio trabalham também serão estendidos de seis meses para um ano. O esquema de visto alterado também permitirá que os formados no ensino médio aceitem empregos não profissionais em indústrias como manufatura e agricultura se tiverem um Teste de Proficiência em Coreano (Topik) nível 3 ou superior.
Essas emendas ocorrem à medida que o número de estudantes internacionais na Coreia do Sul aumenta, chegando a 228 mil em julho, diante de 191 mil em 2022 e 149 mil em 2020.
O governo também planeja implementar esquemas de visto que considerem as condições regionais, trabalhando com governos locais para lidar com declínios populacionais em certas áreas e promover o desenvolvimento local.
O ministério também está considerando pré-anunciar o número de vistos emitidos anualmente com base em uma análise “científica”, garantindo que o fluxo de trabalhadores estrangeiros não tenha impacto negativo nas oportunidades de emprego para cidadãos coreanos.
Fonte: (1)
Imagem: Ministério da Cultura da Coreia do Sul
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