Um dos maiores orgulhos de um atleta é poder representar seu país em competições internacionais. Quando se trata dos Jogos Olímpicos, a sensação é ainda maior. Porém, também é comum no esporte que atletas passem por processos de naturalização para competir por outros países.
Isso aconteceu com três atletas escalados para representar a Coreia do Sul nos Jogos Olímpicos de Inverno em Beijing. Conheça cada um deles a seguir.
Aileen Christina Frisch (Luge)
Nascida na Alemanha em 1992, Aileen Christina Frisch será a única representante feminina da Coreia do Sul no luge. A atleta havia se aposentado do esporte após ser deixada de fora do time alemão na temporada 2015/16. Um belo dia, o técnico Steffan Sartor, que foi contratado pela Federação Coreana de Luge para treinar o time do país, ofereceu à Frisch a chance de competir pela Coreia do Sul caso se naturalizasse como cidadã sul-coreana.
Inicialmente, Frisch negou a oferta: “Eu não me sentia coreana. Eu não sabia falar coreano. Parecia um pouco louco“. Porém, a atleta começou a sentir falta das competições e resolveu encarar a naturalização. Ela finalizou o processo em dezembro de 2016 e começou a competir pelo país duas semanas antes da Copa do Mundo de Luge.
Ekaterina Avvakumova (Biatlo)
Ekaterina Avvakumova nasceu na cidade russa de Veliky Ustyug e representou seu país natal quando estava na categoria júnior. Ela ganhou a nacionalidade coreana em janeiro de 2017. Na época, a Coreia do Sul convidou atletas russos para ajudar a aumentar a qualidade de sua delegação que seria mandada para os jogos de PyeongChang em 2018.
Após o fim das competições, Avvakumova retornou à Rússia alegando que estava com dificuldades de se ajustar à vida na Coreia. Pouco depois, ela tentou se juntar ao time sérvio, mas seu pedido foi barrado pela União Internacional de Biatlo. Na temporada 2021/22, ela retornou à Coreia do Sul na esperança de competir pelo país em Beijing. Ela será a representante feminina junto de Kim Seon-su.
Timofei Lapshin (Biatlo)
O único representante masculino do biatlo nasceu na cidade russa de Krasnoyarsk quando o país ainda se chamava União Soviética. Timofei Lapshin representou a Rússia no esporte de 2010 a 2016. Em setembro de 2016, ele iniciou seu processo de naturalização e em fevereiro do ano seguinte tornou-se oficialmente um cidadão sul-coreano. No mês seguinte, fez sua estreia pelo país na Copa do Mundo de Biatlo em PyeongChang.
Porém, em setembro de 2020 ele foi suspenso por um ano após um teste antidoping retrospectivo identificar que ele havia usado proibida pelas autoridades desportivas. O teste identificou que Lapshin havia usado tuaminoheptano, que tem propriedades estimulantes. Após o fim da suspensão, ele foi considerado elegível para competir na temporada 2021/22 e, assim, conseguiu ser escalado para os Jogos Olímpicos de Beijing.
Fonte: (1), (2), (3)
Imagens: Facebook, União Internacional de Biatlo e Olympics.com
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