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6 artistas COREANAS que vão te INSPIRAR a seguir LUTANDO #InternacionalWomensDay

O entretenimento coreano é composto por uma grande quantidade de artistas mulheres, mas ainda assim essa representação feminina é inferior à masculina. Ainda que o público da música coreana (na Coreia e no mundo), seja majoritariamente feminino, o cenário da indústria do entretenimento coreano não reflete esse interesse feminino, e está nas mãos dos homens.

Aqui no Brasil, cerca de 89% do público kpopper é composto por mulheres, de todas as idades e de todos os lugares do país. Estes dados foram coletados e analisados nos últimos 5 anos pela KoreaIN. As redes sociais se tornaram para esse público, uma das principais fontes de acesso ao conhecimento. Sobretudo, um espaço para se encontrar os nomes coreanos das mulheres que influenciam a Coreia do Sul e também estimular esse público a se tornar influência para outras mulheres.

Pensando nessa influência e representatividades, selecionamos alguns dos principas rostos que lideram a imagem do GIRL POWER dentro do KPOP. Para nós, essas são 6 das dezenas de mulheres que são símbolos de luta e resitência para gerações na Coreia do Sul. Elas inspiração para todas as jovens que sonham, seja dentro do entrenimento coreano ou em qualquer outra área de atuação.

Yoon Mirae

Nascida no Texas (EUA), Natasha Reid, mais conhecida com Yoon Mirae, é filha de uma coreana imigrante e um pai afrodescendente. Sempre envolvida com a música, ainda em 1995, Mirae começou sua carreira, quando decidiu por conta própria fundar um grupo musical. Aos 17 anos ela se mudou para a Coreia do Sul, e fundou o UPTOWN.
Mas durante toda a sua vida, foi alvo de preconceitos por ser mestiça, principalmente por ter descendência negra. Em seu álbum T3 ela compartilhou estas dificuldades. Mirae é embaixadora e porta-voz de uma organização de apoio a jovens mestiços, na Coreia do Sul.
Hoje, Natasha é um considera uma das melhores rappers da Coreia. Dentre seus feitos musicais, em 2013 atingiu o 1º lugar do Korea K-pop Hot 100, da Billboard, com a música “Touch Love”.

CL

Lee Chae-rin, que ficou mundialmente conhecida através do girlgroup 2NE1, desde a infância, mostra que não há barreiras para os sonhos de uma mulher. Ao 13 anos ela se mudou sozinha para Paris, onde estudou por 2 anos. Aos 15 anos ela se tornou parte da empresa de entretenimento YG.
Após atingir o topo das paradas musicais coreanas e mundiais com o 2NE1, ela lançou seu primeiro single solo, “The Baddast Female”.
CL é uma das principais resistências femininas quanto a pressão estética sul-coreana. Durante toda sua carreira ela enfrentou críticas sobre sua aparência, já tendo sido eleita por uma votação popular como a artista mais feia do kpop. Em 2012, numa entrevista para o programa Strong Heart, a rapper revelou que durante um ensaio, o presidente da YG Entertainment disse publicamente que as integrantes do 2NE1 eram feias.
Em uma entrevista para a revista americana ELLE, CL revelou que a música “UGLY” foi inspirada nas experiências ruins que ela teve quanto a sua aparência. Também revelou que foi contrária às pressões que sua empresa fazia para que ela realizasse cirurgias plásticas.

Suzy

Bae Suji é atriz e cantora, e foi parte do girlgroup MissA. Desde o pré-debut a artista tentava seguir carreira no entretenimento, se agarrando a diversas oportunidades. Seu reconhecimento começou a surgir quando ela se tornou uma das hot’s mais conhecidas da tv coreana, entre 2010 e 2011.
Suzy seguiu atrás de seus sonhos e com muito talento e sabedoria, ela se tornou a “CF Queen” da Coreia (uma das atrizes de comerciais mais famosas do país), para logo se tornar uma das atrizes de k-dramas mais relevantes da nova geração.
Suzy sempre usou de sua posição para inspirar e proteger outras mulheres. A cantora já se posicionou publicamente sobre casos de abuso, e em prol de uma sociedade que proteja e dê igualdade para suas mulheres. Infelizmente, ela foi alvo de inúmeras críticas de machistas, sobre tudo homens, à acusando de promover o feminismo na Coreia do Sul.

Jessi

Jessi nasceu em Nova York, foi criada em New Jersey, e aos 15 anos se mudou para a Coreia do Sul após passar em uma audição. Elas fez parte do grupo UPTOWN, e também do trio de hip hop LUCKY J. Em 2015 ela ganhou reconhecimento com sua participação no reality show “Unpretty Rapstar”.
Jessi nunca deixou que impusessem a ela um estilo ou um tipo de comportamento. Ainda muito jovem, foi aprovada para ser parte da SM Entertainment, mas decidiu não entrar para a agência, pois achava que seu estilo não combinava com o da empresa.
Jessi também enfrentou momentos de dificuldade financeira, sendo obrigada a dormir em “saunas”, quando não tinha dinheiro para estar em um lugar melhor. Em 2013, ela foi acusada de fazer parte de um assalto. Logo após a popularização do caso, a suposta vítima retirou as acusações e o caso foi encerrado.
Hoje a rapper é conhecida pelo seu talento e também por ser uma mulher empoderada, recebeu o apelido de “ssenuni”, algo como “mulher de mente forte”.
Ela fala abertamente em programas de TV sobre seus procedimentos estéticos e sobre seu corpo. Jessi assume uma postura body positive, onde acredita que se uma mulher quer ser sexy, ela pode ser, independente da sua aparência. Se ela quer mudar algo em seu corpo, ela pode e deve, mas desde que essa seja uma vontade própria. Em janeiro de 2019, Jessi ocupa a 3º posição como a mulher mais relevantes em reputação para as marcas e propagandas.

Hyuna

Hyuna enfrentou inúmeros momentos de altos e baixos em sua vida. Iniciou sua carreira pela JYP Entertainment, como parte do girlgroup WONDER GIRLS. Logo foi obrigada a abandonar tudo por conta de sua saúde. O que não a parou. Em 2009 ela debutou com o girlgroup 4MINUTE, da Cube Entertainment. Ainda em 2010 ela começou a trilhar sua carreira solo, que foi criticada pelo Ministério de Igualdade de Gênero e Família, alegando ser excessivamente sensual.
Hyuna sempre realizou seus trabalhos solo no conceito sexy, algo que incomodava o público geral. Mas logo a artista conquistou a Coreia e se tornou um simbolo sexy, sempre ligada a liberdade de expressão por parte de seus fãs.
Hyuna se tornou um símbolo de resistência feminina para inúmeras jovens pelo mundo, quando foi expulsa de sua agência, Cube Entertainment, por revelar seu relacionamento com E’Dawn, ex-integrante do boygroup PENTAGON. Em uma sociedade que não permite que “idols” tenham relacionamentos públicos durante sua juventude, Hyuna foi contra todo um sistema, no intuito de ser honesta com seus próprios fãs e admiradores.

Sunmi

A cantora Sunmi também iniciou sua carreira como parte do girlgroup WONDER GIRLS, junto a Hyuna. Porém, ela seguiu como parte do grupo até 2017, quando deram disband e ela deixou a JYP Entertainment.
Ainda em 2013, durante um hiatus do Wonder Girls, Sunmi fez seu debut solo e rapidamente foi abraçada pela população coreana, que de modo geral admirava seu trabalho. Sua música de debut, “24 Hours” conseguiu um all-kill (1º lugar) em todos os charts coreanos.
Após sua união a agência MakeUs Entertainment, Sunmi lançou uma sequencia de músicas com temáticas empoderadoras e todas atingindo extremo sucesso na Coreia do Sul e entre os fãs internacionais de KPOP.
Sunmi não tem vergonha ou receio de mostrar sua personalidade durante programas de TV ou na internet. Um de seus momentos mais conhecidos, foi durante uma live do canal DINGO, em que ela cantou “Gashina” bêbada. Mas ela tem entendimento das dificuldades que outras mulheres enfrentam, quando não podem ser quem são por imposição de uma sociedade machista. Em uma entrevista a Dazed Magazine, ela declarou: “Os padrões para as celebridades femininas tendem a ser mais rigorosos. As celebridades femininas são mais afetadas por notícias e escândalos. Você pode dizer apenas pelos comentários sobre como é diferente das celebridades masculinas. De difamação ao assédio sexual”.
E assumiu sua responsabilidade como uma personalidade pública: “Eu não quero ser falsa nas minhas entrevistas. Eu quero ser sincera. Eu sinto que as mulheres continuarão a ter dificuldades se eu não for honesta. “

Por mais que tenhamos escolho apenas 6 artistas, o entretenimento coreano carrega outros inúmeros nomes de mulheres que lutam pela igualdade de gênero. Mulheres como Irene (Red Velvet), Kahi, Hyori, Insooni, Tiffany (SNSD), Jessica, Luna (F(x), Amber (F(x), Lee Hi dentre tantas outras, são inspiração para muitas jovens coreanas e ao redor do mundo.
Esperamos que o trabalho dessas mulheres sejam reconhecidos, não apenas no entretenimento, mas como uma forma de curar a sociedade em que estamos inseridos.

Por Naira Nunes
Fonte: Revista KoreaIN, SBS Pop Asia, BBC, Koreaboo, Soompi, Wikipedia.
Não retirar sem os devidos créditos.

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  • Naira Nunes

    Publicitária, redatora e diretora de arte, sou CEO e fundadora da KoreaIN, a primeira revista brasileira sobre música e cultura asiática.

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