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Segundo jornal coreano, corona vírus ameaça a cena musical indie em Hongdae

Sem apoio governamental e dependendo apenas da visibilidade online, bandas e espaços independentes temem a extinção de parte importante da cultura local

Os problemas trazidos pela pandemia do novo coronavírus vêm afetando aspectos estruturais de culturas ao redor do mundo, um dos exemplos é a cena musical independente de Hongdae, um bairro de Seul que abriga uma parte importante da vida noturna. De acordo com uma reportagem publicada pelo The Korea Herald, muitos dos clubes e artistas estão sofrendo com as medidas rigorosas – e necessárias – de distanciamento social, tendo perdido quase 100% da renda com adiamentos e cancelamentos de shows.

“Nós tivemos zero lucro. O que mais nos preocupa não é o agora, mas o que está por vir. Geralmente, do fim de fevereiro até março é o período no qual nós alugamos nosso clube para performances de bandas, então sentimos muito mais o impacto financeiro. Também estamos preocupados porque abril e maio é a época de festivais. Apesar da nossa renda desaparecendo, os pagamentos que temos de fazer continuam os mesmos. Não podemos deixar de considerar fechar as portas como uma opção.”


Declaração de Han Jeong-wook, dono do Club Rolling Stones, um espaço em Hongdae para performances ao vivo.

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Apesar de existir um apoio governamental para auxiliar o setor cultural, criado pelo Ministério da Cultura, Esporte e Turismo, muitos dos estabelecimentos não são elegíveis para o benefício, devido ao fato de não serem registrados como “clube musical” ou “casa de show”, mas sim como restaurantes ou salões, principalmente pelo preço alto das reformas necessárias na estrutura e sistemas de incêndio.

O governo definiu que todos os clubes ficassem com as portas fechadas até 19 de abril, diminuindo a renda mensal dos empresários e também dos artistas dependentes do pagamento pelas apresentações. Assim como para os estabelecimentos, a Fundação Seul para Artes e Cultura se comprometeu em oferecer apoio financeiro para artistas em dificuldade, PME (Pequenas e Médias Empresas) e Startups, mas alguns dos termos propostos fazem desse dinheiro somente um sonho.

“Não estamos recebendo nenhum apoio financeiro. Queremos, mas parece uma narrativa longínqua. Sabemos que essa ajuda existe, mas não conhecemos nenhum artista que a tenha conseguido”.

Contou ENNA, vocalista e guitarrista da banda Fishingirls.

Tendo somente as redes sociais como forma de se comunicarem e ganharem visibilidade, muitos artistas recorrem às lives para continuar alimentando o público com seu conteúdo. No entanto, como pontuado por alguns empresários e donos de gravadoras menores, nem mesmo os shows online acontecem sem custos. A gravadora Sugar Records pontuou que são necessários aluguel de espaço e instrumentos, investimentos grandes para orçamentos pequenos.

“Espero que não somente grandes nomes, com múltiplos álbuns e muitas coisas para dizerem aos jornais ou famosos, mas também artistas independentes – como nosso grupo – os quais estão no ponto cego do apoio financeiro, também ganhem uma chance”.

Concluiu ENNA.

Confira a reportagem completa no The Korea Herald.

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  • Bárbara Contiero

    Maria-cafeína. Tenho mais livros do que amigos. Minhas roupas são 70% de brechós. Epik High me mantém acordada de manhã.

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