Até 2018, Kim Jong-un mostrava-se mais aberto à chegada de conteúdo estrangeiro, principalmente da sua vizinha Coreia do Sul. Uma prova disso foi que no dia 1º de abril daquele ano ajustou sua agenda para comparecer pessoalmente a apresentação do girl group Red Velvet, a qual aplaudiu e até declarou que as duas Coreias deveriam sediar eventos culturais com mais frequência. No entanto, a postura do governante parece ter mudado bastante, de acordo com o jornal Korea JoongAng Daily.
Em junho desse ano, durante a reunião com os líderes do Partido dos Trabalhadores da Coreia, Kim falou sobre diversos assuntos, como a questão da pandemia de COVID-19; mas entre ele estava a intensificação do banimento de influências anti-socialistas e para ele a entrada da Onda Hallyu, a qual inclui dramas, cosméticos e k-pop, seria uma delas. Segundo Korea JoongAng Daily o ditador até mesmo descreveu o gênero musical como: “um câncer vicioso que pode corromper os jovens norte-coreanos”.
As medidas contra a entrada e propagação da cultura sul-coreana no país se intensificaram muito no ano passado, sendo que os legisladores de Seul foram informados por oficiais de inteligência do governo que quem fosse pego com produtos de entretenimento vindos da Coreia do Sul seria sentenciado a 15 anos nos campos de trabalho.
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