[AVISO DE GATILHO] O texto a seguir contém termos sensíveis que podem servir de gatilho. Recomendamos cautela ao prosseguir a leitura.
Nesta quinta (04), An Hee Jung deixou a prisão Gyeonggi após terminar de cumprir sua pena de 3 anos e meio de prisão sob acusação de estupro e assédio sexual.
An era governador de Chungcheong do Sul e foi o primeiro político de alto escalão a ser denunciado pelo movimento #MeToo, que ganhou força na Coreia do Sul em 2018. Ele foi condenado pelo estupro e assédio de sua ex-secretária. Além da pena, ele também está proibido de concorrer a cargos públicos até 2032.
Leia também:
Denúncias no #MeToo e suas consequências devastantes na Coreia do Sul
Mudanças reais: o que o movimento #MeToo trouxe pra Coreia do Sul?
Em março de 2018, a JTBC transmitiu uma entrevista exclusiva com Kim Ji Eun, a ex-secretária que acusou An dos crimes. Segundo ela, o ex-chefe a estuprou quatro vezes além de assediá-la com frequência. Apesar de ser algo raramente feito pelas vítimas de crimes sexuais, a coragem de Kim encorajou outras mulheres a denunciarem seus agressores.
Logo após a transmissão da entrevista, An negou todas as acusações argumentando que suas relações com Kim haviam sido consensuais. Mesmo mantendo seus argumentos, inclusive durante os julgamentos, ele deixou o cargo de governador.
Em agosto de 2018, An chegou a ser absolvido, mas, em fevereiro de 2019, um tribunal superior anulou a decisão anterior e o condenou a 3 anos e meio de prisão. A defesa de An apelou da nova decisão, mas a Suprema Corte manteve a condenação em setembro de 2019.
Na saída da prisão, An foi recebido por um grupo de cerca de 60 pessoas, incluindo os Deputados do Partido Democrático Kang Jun Hyeon e Kim Jong Min, conhecidos por serem seus amigos. O ex-governador cumprimentou alguns dos presentes, mas não respondeu aos jornalistas presentes na ocasião.
An agora retornará à sua casa em Yangpyeong-gun, a mesma onde morava antes de ser preso. Sua ex-mulher com quem foi casado por 33 anos finalizou o processo de divórcio no ano passado.
Fonte: (1)
Imagem: Yonhap
Não retirar sem os devidos créditos.