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A Promotora Especial Ahn Mi Young indiciou sete homens, cinco deles oficias das Forças Aéreas sul-coreanas, por conexão com a morte de uma Sargento em maio de 2021.
A Sargento Lee Ye Ram, de 23 anos, tirou a própria vida após ser agredida sexualmente por um superior. Ela reportou o crime para as autoridades militares, mas não recebeu nenhum tipo de apoio psicológico e ainda houve tentativa de convence-la a não seguir com a denúncia. O caso causou choque e comoção na população, que cobrou uma investigação completa.
Os sete foram condenados por diferentes motivos que incluem tentativas de acobertar o caso ou comentários difamatórios contra a vítima. A única exceção dentre essas acusações foi o próprio agressor.
O Sargento Jang, responsável pela agressão sexual, foi indiciado e condenado inicialmente a nove anos de prisão. Em junho, no julgamento de apelação, a sentença foi reduzida para sete anos.
Além de Jang, os indiciados incluem dois ex e um comandante em exercício da 20ª Asa de Caça, esquadrão do qual a Sargento Lee fazia parte. As acusações contra eles foi a de não fornecer proteção à Lee após a agressão, fazer denúncias falsas ao departamento pessoal da Aeronáutica ou fazer comentários difamatórios contra a vítima para outro comandante após ela ser transferida para outra base após o crime que sofreu.
Um promotor militar responsável pelo caso foi indiciado por negligenciar suas obrigações e investigar a difamação contra a vítima, além de atrasar seu relatório sobre o crime.
O ex-funcionário de relações públicas foi mais um indiciado por ter feito comentários difamatórios contra a vítima na tentativa de reverter as opiniões negativas da população contra as Forças Aéreas. O nome do homem não foi divulgado, mas provavelmente trata-se do civil que trabalhava junto à Aeronáutica que teve um mandado de prisão requerido em agosto.
Por último, o General de Brigada Jeon Ik Soo foi acusado de interferir nas investigações iniciais do crime.
A força-tarefa investigou meticulosamente o caso por 100 dias desde sua criação em junho. O conselho especial concluiu que a frustração e impotência que a Sargento Lee sentiu após a denúncia do abuso que sofreu, bem como a vitimização secundária que sofreu dos seus superiores, foram fatores que a levaram a cometer suicídio.
A Promotora Ahn cobrou medidas mais sérias para levar acusados de crimes à justiça: “Espero que a cultura militar errada e antiquada de negligenciar o medo e a dor das vítimas de abuso sexual possa mudar“.
Além do caso da Sargento Lee, uma Sargento Técnico que também servia na 20ª Asa de Caça também foi encontrada morta na base em um aparente caso de suicídio em julho desse ano. Este caso segue em investigação.
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Imagens: News1 e Yonhap News
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