Nesta segunda (31), a Agência Nacional de Polícia informou que uma força-tarefa de 475 pessoas foi montada para investigar as causas da tragédia em Itaewon que, até o momento, teve 154 vítimas fatais e 149 feridos.
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Investigadores contam, principalmente, com o depoimento de 44 testemunhas que estavam no local e com os vídeos obtidos tanto pelas câmeras de segurança do beco onde a debandada aconteceu – um total de 52 vídeos gravados por 42 câmeras – quanto os postados em redes sociais.
Uma das linhas de investigação apontou que o efeito dominó que levou muitos a caírem e serem esmagados pode ter começado de forma intencional por um grupo que começou a empurrar pessoas próximas.
Testemunhas afirmaram ter ouvido gritos de “Empurra” vindos da parte mais alta do beco. O grupo responsável por isso teria 5 ou 6 pessoas, entre elas um homem usando orelhas de coelho que foi descrito em alguns dos depoimentos colhidos.
De acordo com as informações nos depoimentos, existe a possibilidade de haver registros em vídeo do momento em que houve o primeiro grito de “empurra“. O grupo suspeito de ter causado a debandada seria composto de coreanos e estrangeiros.
Quando os empurrões começaram na parte mais alta, o movimento naturalmente fez com que as pessoas fossem deslocadas beco abaixo, algumas já caindo no processo. Isso fez com que quem estivesse na parte mais baixa começasse a empurrar no sentido contrário gerando uma espécie de cabo de guerra das pessoas que estavam no meio.
Em alguns vídeos já submetidos para análise, pode-se ver inicialmente que, apesar da lotação no beco, as pessoas estavam se movendo normalmente. Até que um tumulto faz com que algumas comecem a ser deslocadas beco abaixo de forma mais rápida.
O portal Sports Chosun capturou este momento em um dos vídeos compartilhados nas redes sociais:
O Professor Um Geon Woong, acadêmico do curso de Administração de Polícia e Bombeiros na Universidade U1, disse em entrevista ao YTN: “Se alguém tiver empurrado uma pessoa com o intuito de machucar, existem vários crimes que podem se encaixar nisso. Porém, pode ser difícil apontar uma pessoa específica que participou disso”.
Visando garantir rapidez na elucidação da tragédia, a polícia está analisando as evidências de forma imediata assim que são obtidas. Policiais também devem examinar o beco próximo ao hotel Hamilton, onde a tragédia aconteceu, em busca de mais pistas e também conversar com os lojistas dos estabelecimentos onde algumas pessoas buscaram abrigo durante a debandada.
Fonte: (1), (2), (3)
Imagens: News1 e Sports Chosun
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