Sua principal fonte de cultura coreana e conteúdo exclusivo sobre KPOP.

Sociedade

Tragédia em Itaewon deixou mais de 150 vítimas fatais e 130 feridos

[Atualização em 1º de novembro]

Nesta terça (01), o número de mortos na tragédia de Itaewon chegou a 156. As últimas vítimas foram duas mulheres sul-coreana de 20 e 24 anos.

As duas estavam entre as vítimas em estado grave que continuavam em tratamento. A mulher de 24 anos teve sua morte declarada na segunda (31) enquanto a de 20 foi na terça (01).

O número de feridos agora é 29 em estado grave e 122 com ferimentos leves.

Desejamos condolências à família.

Leia também:
Polícia investiga se tragédia em Itaewon foi causada propositalmente


[Atualização em 31 de outubro]

O número de vítimas da tragédia em Itaewon subiu para 154 mortos e 149 feridos. Segundo dados, entre os feridos há 33 em estado grave e 116 com ferimentos mais leves, o que pode fazer com que o número de mortos aumente.

A contagem de estrangeiros mortos na tragédia também mudou e agora são contabilizados 26 cujas nacionalidades são:

  • Irã = 5 (um a mais que a contagem anterior)
  • China = 4
  • Rússia = 4 (um a mais que a contagem anterior)
  • Japão = 2 (não havia aparecido na lista anterior)
  • EUA = 2 (um a mais que a contagem anterior)
  • França = 1
  • Vietnã = 1
  • Usbequistão = 1
  • Noruega = 1
  • Cazaquistão = 1
  • Sri Lanka = 1
  • Tailândia = 1
  • Áustria = 1
  • Austrália = 1 (não havia sido contabilizado na lista anterior)

A Agência Nacional de Polícia mobilizou 208 investigadores forenses para confirmar as identidades das vítimas fatais. Além disso, também opera uma série de medidas on-line para conter a propagação de notícias falsas sobre a tragédia.

Expressamos nossas condolências para as famílias enlutadas.


[Texto original]

Na noite deste fim de semana, a Coreia do Sul presenciou uma tragédia que tirou a vida de mais de uma centena de pessoas. Enquanto bombeiros e socorristas trabalhavam incansavelmente no resgate das vítimas, veículos de mídia procuravam dados para repassar aos cidadãos e, por vezes, tiveram que lidar com informações falsas que circularam com base em achismos de terceiros.

As primeiras informações sobre a tragédia começaram a circular pela mídia no sábado (29) por volta das 23:45 no horário local sul-coreano. Até então, o que foi divulgado é que cerca de 50 pessoas estavam tendo parada cardíaca na região. Os serviços de emergência receberam 81 chamados para o bairro e, quase instantaneamente, dezenas de vídeos mostrando pessoas sendo reanimadas nas calçadas começaram a circular nas redes sociais.

Em seguida, seguiram-se dezenas de notícias sobre fatalidades. Os números não paravam de subir e, até a publicação desta matéria, chegaram a 153 vítimas fatais e 133 feridos. A contagem da polícia, que acredita-se não ter sido incluída nos dados oficiais, fala em 154 mortos. As estatísticas ainda podem subir devido às 37 vítimas graves que seguem hospitalizadas.

Tais pessoas estavam no bairro de Itaewon para celebrar o Halloween. Esta seria a primeira data comemorativa da Coreia do Sul desde a derrubada da obrigatoriedade do uso de máscaras por causa da COVID-19, ocorrida no final de setembro.

Itaewon – que já é um conhecido ponto de encontro para os que gostam de curtir a vida noturna pelos seus diversos bares, boates e restaurantes – atraiu 100 mil pessoas para suas redondezas. Apesar da fama que o distrito tem, sua estrutura não possui capacidade para receber tantas pessoas ao mesmo tempo.

Enquanto ignoravam o sensacionalismo criado por pessoas, inclusive estrangeiras, que atribuíam a tragédia ao uso de drogas e chegaram a falar em até mesmo em um atentado, repórteres procuravam conversar com os profissionais que foram até a região para resgatar as vítimas e com os sobreviventes que testemunharam a tragédia de fato.

Devido à lotação no bairro, o deslocamento das pessoas foi ficando cada vez mais difícil. Além da estrutura insuficiente para grandes multidões, Itaewon também tem ladeiras e becos estreitos que influenciaram na tragédia.

A debandada de pessoas concentrou-se principalmente no beco localizado ao lado do Hamilton Hotel. O local, inclusive, aparece com uma marcação no Google Maps.

Localização do beco onde ocorreu boa parte da tragédia com marcação do Google Maps.
Créditos: Revista KoreaIN via Google Maps

O beco em questão é uma ladeira de 4 metros de largura e 40 metros de comprimento. Testemunhas afirmam que um grande grupo de pessoas surgiu no local e a debandada começou após alguns caírem, o que gerou um efeito dominó que deixou muitos sem conseguir se mover ou respirar.

O cenário que os bombeiros e socorristas encontraram ao chegar no local foi exatamente este, o de dezenas de pessoas em estado de parada cardíaca por não conseguirem respirar. Até voluntários que estavam no local ajudaram as autoridades de resgate fazendo reanimação cardiorrespiratória nas vítimas. Cerca de 300 pessoas precisaram de atendimento.

Com o passar do tempo, portais começaram a postar fotos de corpos pelas ruas. Os sobreviventes geraram um repentino fluxo que precisava ser levado para hospitais. A tragédia fez com que cidades vizinhas a Seul enviassem ambulâncias e pessoal para ajudar nos resgates.


As vítimas

Dentre os mortos contabilizados até o momento, 97 foram mulheres. O principal fator apontado é a estatura menor e o fato de que podiam estar usando fantasias pesadas, o que dificultaria ainda mais a mobilidade.

Dentre as 153 vítimas, 141 já foram identificadas e suas famílias foram notificadas.

Com relação a idade das vítimas, considerando apenas as já identificadas:

  • 4 eram adolescentes (abaixo dos 20);
  • 95 estavam na faixa dos 20 anos;
  • 32 estavam na faixa dos 30 anos;
  • 9 estavam na faixa dos 40 anos.

Os mortos também incluíram pelo menos 20 estrangeiros, sendo estes dos seguintes países:

  • China = 4
  • Irã = 4
  • Rússia = 3
  • EUA = 1
  • França = 1
  • Vietnã = 1
  • Usbequistão = 1
  • Noruega = 1
  • Cazaquistão = 1
  • Sri Lanka = 1
  • Tailândia = 1
  • Áustria = 1

Mais um australiano e um outro estrangeiro cuja nacionalidade não foi confirmada também tiveram suas mortes declaradas, mas não foram incluídos nas estatísticas do governo por questão de anonimato. Uma reportagem do portal The Korea Herald informou que esta contagem subiu para 26 nas estatísticas divulgadas às 6 da manhã deste domingo. Os números podem aumentar porque asiáticos estrangeiros podem ter sido contados como sul-coreanos.


O luto nacional

Neste domingo (30), o Presidente Yoon Suk Yeol declarou luto nacional pelas vítimas de Itaewon. Durante este período, as bandeiras do país serão erguidas a meio mastro e funcionários públicos terão de usar fitas de luto.

Ainda no sábado, o Presidente Yoon fez um discurso nacional no qual declarou:

É realmente horrível. Esta tragédia é um desastre que nunca deveria ter acontecido. Como presidente, que é responsável pela vida e segurança das pessoas, meu coração está pesaroso e estou com dificuldades de lidar com minha dor.

O governo designará a partir de hoje, quando o acidente ocorreu, um período de luto nacional e colocará prioridade máxima dos assuntos administrativos nas medidas de recuperação e acompanhamento.

O Primeiro Ministro Han Duck Soo anunciou a repórteres que o período de luto durará até o sábado, dia 5 de novembro. Além disso, o governo instalará um local no centro de Seul para que os cidadãos e estrangeiros possam prestar suas condolências às vítimas.

Ao longo do fim de semana, o Presidente Yoon também visitou o local do acidente e expressou suas condolências aos familiares das vítimas e uma rápida recuperação aos feridos. Ele também garantiu que o governo ajudará com as preparações dos funerais e mobilizará seus serviços médicos para o tratamento dos feridos, incluindo destinar funcionários públicos para atender individualmente todos que precisarem de assistência.


As investigações e consequências

Outro ponto levantado pelo Presidente Yoon foi a urgência em encontrar a causa da tragédia: “A coisa mais importante é determinar a causa do acidente para prevenir situações semelhantes. Investigaremos cuidadosamente as causas e faremos melhorias fundamentais para que acidentes assim não voltem a ocorrer no futuro“.

Diversos ministros, entre eles o Ministro do Interior, farão uma investigação sobre as celebrações de Halloween e de outros festivais locais para garantir que serão conduzidos de forma ordenada e segura.

Fonte: (1), (2), (3), (4), (5), (6), (7), (8), (9)
Imagens: Yonhap e Revista KoreaIN
Não retirar sem os devidos créditos.

Tags relacionadas:

  • Greyce Oliveira

    Cearense de Fortaleza, é metade uma humana normal professora de Inglês e metade ELF(a) precisando (talvez) de tratamento para parar de falar no Super Junior toda hora.

    Sair da versão mobile