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Sociedade

Ministério da Defesa se manifesta em meio a debate sobre alistamento de sul-coreanas

Um recente seminário co-organizado pela Administração da Mão de Obra Militar na Assembleia Nacional reacendeu o debate sobre o alistamento de mulheres no país. Esta seria uma opção de tratar a falta de pessoal militar, aumentada pela crise demográfica no país.

Na ocasião, estavam presentes o Deputado Shin Won Sik, o vice-ministro da defesa Shin Beom Chul e membros da Associação Coreana de Generais e Almirantes Aposentados.

Shin disse que o Ministério da Defesa está se esforçando para transformar a estrutura militar através da redução de tropas e focando em sistemas tripulados e automatizados. Segundo ele: “Nesse processo, também trabalharemos juntos para desenvolver um sistema de serviço militar para a era do abismo demográfico“.

A diminuição da população com idades entre 15 e 64 anos apta para servir como mão de obra somada à baixa natalidade do país causaram problemas na manutenção de recursos para os serviços militares. Lee Ki Sik, comissário da Administração da Mão de Obra Militar, declarou que é urgente criar uma nova política para o serviço militar.

Lee Han Ho, atual presidente da Associação Coreana de Generais e Almirantes Aposentados, propôs resolver a carência de pessoal recrutando mulheres para as forças armadas, alertando ainda para as ameaças feitas pela Coreia do Norte: “No fim de contas, as pessoas travam guerras no campo de batalha, mesmo que desenvolvamos e tenhamos sistemas de armas avançados e incorporemos tecnologias da quarta revolução industrial. As mulheres não podiam ser recrutadas no passado quando a taxa de natalidade era de 6%, mas agora, com a taxa de natalidade em apenas 0,78%, não há motivos para mulheres não servirem“.

O Professor Choi Byung Ook, acadêmico do Departamento de Defesa Nacional da Universidade Sangmyung, também propôs que as forças militares deviam aumentar o percentual de oficiais femininas dos atuais 8,8% para 15%. Ele também relembrou que as mulheres constituíram mais de 20% do pessoal enviado ao Iraque e Afeganistão entre 2003 e 2014.

Em termos de números, Cho Kwan Ho – pesquisador do Instituto Coreano Para Análises de Defesas – Também indicou problemas no atual tempo de serviço. Segundo Cho, para manter o atual número de pessoal militar, são necessários 260.000 recrutas por ano, caso estes sirvam por 18 meses. Porém, a projeção é que o número de recrutas na faixa dos 20 anos disponíveis em 2025 seja de apenas 220.000, indicando uma queda de 40.000 recrutas. Com isso, até 2035, o número diminuirá 20.000 por ano. Nas palavras dele: “Precisamos prolongar o período de serviço para 21 ou 24 meses para garantir pessoal militar o suficiente“.

A Administração da Mão de Obra Militar declarou nesta sexta (12) que as propostas apresentadas no seminário não representam a posição oficial do governo e destacou que trabalhará ativamente para a crise de diminuição de pessoal militar em cooperação com o Ministério da Defesa e os outros órgãos competentes.

Já o próprio Ministério da Defesa declarou que não considera expandir o recrutamento militar para as mulheres e nem prolongar o tempo de serviço para os cidadãos aptos a servir. Além disso, o chamado “serviço alternativo” que permite a alguns prestar outras formas de serviço nacional em vez do recrutamento militar também não será abolido.

Fonte: (1)
Imagem: Im Yeongsik via Getty Images
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