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Justiça

Caso Hwang Ui Jo: escândalo de vazamento de vídeo íntimo tem reviravoltas

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No domingo (25), o jogador Hwang Ui Jo teve um vídeo íntimo seu vazado por uma suposta ex-namorada que o acusou de manipular diversas mulheres para manter relações sexuais com elas e enganá-las dizendo ser solteiro. Porém, uma série de reviravoltas podem dar outros rumos à investigação do caso.

Logo que o vazamento foi noticiado na mídia, a UJ Sports – agência responsável pelo jogador – lançou uma nota classificando as acusações como infundadas e prometendo tomar ações legais contra o vazamento. Com isso, é possível que Hwang tenha sido uma vítima da chamada “pornografia de vingança”, quando um ex-parceiro vaza conteúdos íntimos para se vingar após o término de um relacionamento.

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Porém, o caso pode sofrer várias reviravoltas e o próprio Hwang pode acabar sendo punido. Isso porque a suposta ex-namorada responsável pelo vazamento alega que os vídeos e fotos íntimas que o jogador mantém em seu celular podem ter sido obtidas com câmeras escondidas e, consequentemente, filmados sem consentimento.

O vazamento em si já é algo punido a nível de lei, mas ainda não é possível saber quantos crimes a ex-namorada cometeu. Ainda há um fator agravante porque o rosto da mulher no vídeo não é visível. Sendo assim, caso a pessoa que aparece no vídeo não seja a mesma que vazou o vídeo para denunciar Hwang, o vazamento poderá ter uma segunda vítima.

O Sports Chosun conversou com Seung Jae Hyun, pesquisador do Instituto de Políticas de Justiça Criminal da Coreia, que explicou: “Mesmo que a filmagem tenha sido autorizada na ocasião, se o vídeo for circulado contra a vontade dos envolvidos, o acusado poderá ser punido pela Lei de Casos Especiais sobre Punição a Crimes de Violência Sexual“. De acordo com o Artigo 14 – Parágrafo 2 da lei em questão, a punição pode ser de um ano de prisão ou multa de até 50 milhões de wones (mais de R$ 180 mil). Seung ainda continuou: “Dada a resposta de Hwang, é difícil dizer que ele concordou com a distribuição do material“.

Se a ex-namorada que vazou o vídeo tiver obtido o vídeo por algum meio ilegal (como hackeado o celular de Hwang), o crime passa a se encaixar na lei número 316 do Código Penal que pune pessoas que descobrem filmagens confidencias de terceiros usando meios ilícitos e pode ser punido com até 3 anos de prisão ou multa de até 5 milhões de wones (mais de R$ 18 mil).

Caso duas ou mais condenações sejam aplicadas em conjunto, o Tribunal pode impor uma pena 50% maior dependendo do nível de gravidade com a qual o juiz julgue o caso. Ou seja, a pena de 7 anos de prisão poderá se transformar em 10 anos e 6 meses.

Apesar da complexidade do caso, se for comprovado que Hwang filmou os materiais sem o conhecimento ou consentimento das mulheres com as quais manteve relações, ele também virará réu sob o Artigo 14 – Parágrafo 1 da Lei de Punições a Crimes Sexuais e poderá ser punido com até 7 anos de prisão ou multa de até 50 milhões de wones (mais de R$ 180 mil).

Porém, uma nova reviravolta ocorreu nesta terça (27) com a revelação de que Hwang havia sido ameaçado por alguém que dizia estar em posse do seu celular. O jogador foi roubado na Grécia no mês passado, enquanto estava no país jogando no Olympiacos, e recebeu mensagens nas redes sociais ameaçando expor o conteúdo salvo no aparelho.

Os advogados do jogador supõe que o celular foi hackeado e que o vazamento provavelmente foi feito pelo ladrão que subtraiu o aparelho, não por uma ex-namorada de Hwang. Segundo eles: “Após receber a mensagem, procuramos pelo remetente com um agente local. O celular de Hwang Ui Jo é um iPhone, famoso por ser difícil de hackear. Alguém se apossou do celular dele e, meses depois, hackeou o aparelho. Ficamos ainda mais alarmados porque o post de ontem estava em coreano“.

Hwang foi à delegacia de Seongdong-gu e abriu uma denúncia formal contra o hacker por difamação, calúnia, filmagem ilegal de ato sexual e extorsão. Seus advogados também apresentaram provas contra cinco perfis do Instagram que teriam feito ameaças ao jogador e há possibilidade de todas serem administradas por apenas uma pessoa.

Fonte: (1), (2)
Imagem: Michael Steele (via Getty Images)
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  • Greyce Oliveira

    Cearense de Fortaleza, é metade uma humana normal professora de Inglês e metade ELF(a) precisando (talvez) de tratamento para parar de falar no Super Junior toda hora.

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